Igreja/Sociedade: Bispo das Forças Armadas e de Segurança denuncia desumanidade de sociedade que celebra «morte de Deus»

Ordinariato Castrense promove seminário sobre a paz e peregrinação a Fátima

Fátima, 31 mai 2017 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança alertou hoje para as consequências da proclamada “morte de Deus”, recordando as guerras mundiais do último século.

“A primeira grande guerra é, apenas, um ponto de chegada no ódio, na ferocidade, nas trevas proclamadas no século anterior. E sabemos bem até onde levou: à «carnificina inútil» de uma sociedade que se aniquila e autodestrói”, declarou D. Manuel Linda, na Missa a que presidiu na igreja da Memória, Lisboa.

O Ordinariato Castrense promove hoje o seminário ‘Paz e futuro da humanidade’ na Academia Militar, Amadora, e entre quinta-feira e sexta-feira decorre a Peregrinação Militar Nacional a Fátima, no quadro do centenário das aparições.

“É no mistério de Deus e do seu amor que se sela uma nova época na história humana: só o amor constrói sociedade, só ele gera fraternidade, só ele garante o bem comum, expressão da alegria e do contentamento a que a humanidade aspira”, defendeu D. Manuel Linda.

O bispo apresentou os militares e agentes de segurança como “verdadeiros «servidores da paz»” que é “participação no ser de Deus”.

“Cada vez mais historiadores apontam a grande guerra como ponto de chegada do positivismo, do naturalismo, do ateísmo e do agnosticismo largamente difundidos e «impostos» na Europa do século XIX”, advertiu.

D. Manuel Linda citou o Papa Francisco para criticar o predomínio da “cultura da indiferença e do descartável” em detrimento das preocupações pelos que vivem na pobreza.

O seminário sobre ‘Paz e futuro da humanidade’ visa comemorar o centenário das aparições de Fátima e evocar a entrada de Portugal na I Guerra Mundial (1914-18).

Depois da sessão de abertura, presidida pelo ministro da Defesa, realiza-se uma conferência sobre “Fátima: profecia e atualidade”, por D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima.

‘As religiões, a guerra e a paz. Atualidade de um tema’ é o mote da mesa redonda que decorre durante a tarde com intervenções de vários participantes: D. Jorge Pina Cabral, bispo da Igreja Lusitana, de Comunhão Anglicana; D. Sifredo Teixeira, bispo da Igreja Evangélica Metodista Portuguesa; e o coronel Nuno Lemos Pires, comandante do Corpo de Alunos da Academia Militar.

A sessão de encerramento é presidida por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa.

Já em Fátima, a partir de quinta-feira, vai decorrer uma peregrinação com os bispos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que acompanham pastoralmente o setor militar e policial.

OC

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