Diretor da Agência ECCLESIA afirma que «construção de projetos conjuntos» valoriza caminho e parceiros
Lisboa, 23 set 2021 (Ecclesia) – O diretor da Agência ECCLESIA disse que a comunicação social foi “muito relevante em tempo de pandemia” e que importa encontrar “estratégias e estruturas” para a melhorar.
“Se podemos ainda dizer que a aposta na comunicação e o assumir estratégias de comunicação podem ter um carácter supletivo ou ficar para segundo plano, em algumas circunstâncias, isso é preciso mudar nas estruturas e em todos nós, enquanto consumidores e produtores de informação, na acessibilidade que temos aos produtos de comunicação”, afirmou Paulo Rocha, em entrevista ao programa ECCLESIA, emitido hoje na RTP2.
“Vamos sentindo que o projeto se consolida e temos uma aposta crescente na comunicação social, sentindo que o que se passa nas comunidades, num encontro entre crentes, tem de ser mostrado, analisado, pensado e a comunicação social é uma forma para o fazer, desde a tradição longínqua de títulos de jornais, e os de inspiração cristã marcaram a comunicação social em Portugal”, acrescenta.
Tem hoje início, em Fátima, de forma presencial, mas com possibilidade de participação digital, as Jornadas da Comunicação Social, organizadas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja católica, com o tema «Zoom In, Zoom Out – Confinamentos e Comunicação”.
Paulo Rocha considera que em tempo de pandemia “muito foi feito, e bem feito” e apesar de haver ainda “ritmos diferentes, há muito trabalho feito no setor das comunicações sociais, nas várias estruturas, seja diocesano ou em congregações religiosas e movimentos”.
Evidenciando a importância que a comunicação digital teve nos períodos de confinamentro, “que permitiu estar próximo de que estava a 20 quilómetros ou a 200”, o responsável destaca no programa das Jornadas, o olhar sobre “setores onde a comunicação foi muito relevante”.
“Por exemplo, no trabalho social, de ajuda a quem precisava, o apoio que foi dado, dependeu muitas vezes da comunicação que se fez em situações onde era necessário estar presente e dar atenção; O aprender, tanto na escola como na catequese, fez-se através da comunicação, durante muitos meses; Também o incluir, a atenção que é dada às pessoas com deficiência, onde a comunicação pode ser uma excelente forma de estar presente”, sugere.
Após este olhar, “zoom in” sobre cinco realidades particulares, importa “distanciar o olhar”, para obter “uma abrangência, uma análise que permite perspectivar para o futuro”.
Duas ocasiões na Jornadas da Comunicação vão permitir esse exercício: com o responsável pelas comunicações socais da Conferência Episcopal de Espanha, o padre José Gabriel Vera, para “perceber de que forma se pode projetar a comunicação nas estruturas da Igreja, e enquanto cidadãos”, e também com o Professor Nelson Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Católica Portuguesa.
Paulo Rocha indica ainda a necessidade de, na comunicação, “definir projetos em conjunto”, valorizando o caminho e os parceiros.
O encontro promovido pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portuguesa, começa hoje às 14h30, e terminam às 12h30, amanhã.
As jornadas começam com o acolhimento de D. João Lavrador e da diretora do SNCS, Isabel Figueiredo; depois vão ser partilhadas experiências de comunicação, com um “zoom in” proporcionado por Secretariados Diocesanos das Comunicações Sociais; e, a partir das 17h00, uma conferência com o secretário da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais da Conferência Episcopal de Espanha.
Amanhã, as Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2021 vão fazer um roteiro de comunicação através de cinco verbos – incluir, apoiar, aprender, conhecer e aproximar – a partir das 9h00.
A frase do Papa Francisco, “comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”, é o mote para a conferência de encerramento do diretor da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, o professor Nelson Ribeiro, às 11h00, antes da sessão de encerramento do encontro (12h30).
LS
Media: Comunicação da Igreja «deve ser feita por todos» – Isabel Figueiredo