Projeto dá continuidade à experiência das famílias de acolhimento durante a Jornada Mundial da Juventude
Évora, 23 nov 2023 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil disse que está a ser elaborado um plano de ação centrado nas angústias dos jovens, ajudando, por exemplo, a encontrar alojamento para jovens deslocados por motivos de “estudo ou de trabalho”.
“Um jovem que esteve 18 anos numa diocese, de repente, vê-se localizado para estudos ou para trabalho numa outra cidade do país, numa outra diocese e queremos muito que quer os voluntários que estiveram disponíveis nos dias nas dioceses e na jornada, quer as famílias de acolhimento, possam ser este porto de abrigo, possam ser esta âncora e esta célula que acolhe, ajudando também aquilo que é o processo de encontrar uma casa quando se entra na universidade”, afirmou Nuno Sobral Camelo.
O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) refere que existe a preocupação de “ajudar os jovens naquilo que é a sua mudança de vida por motivos de estudo ou de trabalho”, dando continuidade à experiência de acolhimento de jovens durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e ao voluntariado que o coordenou.
O responsável é o convidado desta quinta-feira do programa ECCLESIA, na RTP2, na proximidades da Jornada Diocesana da Juventude, que assinala o 38ª Dia Mundial da Juventude, este domingo, com o tema “Alegres na Esperança”.
Segundo Nuno Camelo, este primeiro grande momento depois da JMJ vai servir para ouvir os jovens e responder à pergunta “E agora?”: “No fundo, estas atividades propostas para o próximo fim de semana, um pouco por todo o país e por todas as realidades, são um bocadinho também a resposta”.
“A Jornada veio confirmar que este país tinha uma juventude capaz de pensar por si, de decidir por si, de planear, de realizar por si, e rapidamente se percebeu que essa ação é uma ação muito importante para a Igreja, para as comunidades locais, para a própria identidade nacional”, apontou, destacando que os jovens provaram que estão vivos, “tal como Cristo vivo, que se quer no seio da Igreja”.
Para o responsável, a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 mostrou que é preciso que a Igreja reconheça que os jovens têm lugar na Igreja: “Não é preciso chamá-los para vir fazer coisa nenhuma, é preciso é que aquilo que se planifique em Igreja, seja capaz de envolver todos e que consiga retirar dos jovens este combustível, esta energia, esta força que é alegria, que é esperança, é movimento”.
A entrevista do diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil é emitida esta quinta-feira, no programa Ecclesia (RTP2).
LJ/PR