Igreja/Portugal: Bispos católicos sublinham necessidade de investir na arte de acompanhar os jovens

Conclusões das jornadas pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa

Fátima, 22 jun 2018 (Ecclesia) – Os bispos católicos de Portugal realçaram, nas suas jornadas anuais de pastoral, em Fátima, que existe uma “verdadeira necessidade” de investir “na arte do acompanhamento e do discernimento dos jovens”.

Ao longo dos três dias, a «Pastoral Juvenil Vocacional» esteve no centro das intervenções dos oradores o padre Fabio Attard e o padre Mario Oscar Llanos que apontaram linhas diretivas e ajudaram a reconhecer o ponto de situação em que a Igreja portuguesa se encontra “relativamente aos trabalhos vocacionais com os jovens”, lê-se nas conclusões do evento, enviadas hoje à Agência ECCLESIA.

“É importante trabalhar a humildade e é crucial, nos tempos atuais, saber escutar os jovens” porque a humildade “é a postura adequada” para aprender a comunicar com os jovens e a “compreender as suas vivências” e, para isso, “é necessário ter atitudes pacientes e acolhedoras”, acrescenta o documento.

Como os jovens andam “em busca de testemunhas, com propostas e ambientes que ofereçam sentido de pertença e de identidade”, os participantes concluíram que “ser testemunha autêntica e coerente é um valor fundamental a que os jovens de hoje são especialmente sensíveis”.

A “empatia é essencial”, neste caminho, e “o testemunho é determinante” assinala a Conferência Episcopal Portuguesa.

Os bispos entendem que a animação vocacional “não pode reduzir-se à capacidade de ser bons animadores”, porque “é necessário dar importância à sobriedade das coisas, ser transparente, que o jovem encontre sintonia entre a palavra e o gesto”, acrescenta a nota.

A pastoral vocacional na vida da Igreja continua a “ser prioridade e prioritária”, não apenas em sentido de “uma vida consagrada e ordenada, mas em sentido batismal”.

Esta pastoral exige “governo vocacional para que não reine a anarquia na hora do acompanhamento e do discernimento”, apontam as conclusões, nas quais se apela à formação de “animadores e acompanhantes vocacionais”, por se considerar que a pastoral vocacional “deve ser transversal a toda a pastoral da Igreja e com ela faz-se verdadeira evangelização, com novidade e com criatividade”.

LFS/OC

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