Igreja: Padre Américo é «um santo para crentes e não-crentes» (c/vídeo)

Porto, 12 Dez 2019 (Ecclesia) – Henrique Manuel Pereira, professor na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (UCP), disse hoje que o padre Américo é “um santo para crentes e não-crentes” e que serve de modelo “para qualquer homem”.

No dia em que o Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” do padre Américo, o autor de dois livros sobre o fundador da Obra da Rua referiu à Agência ECCLESIA que o “Pai Américo configura todas as virtudes que o Papa Francisco idealmente aponta num santo”.

O padre Américo “distinguiu-se” logo quando entra para o seminário (com cerca de 40 anos), porque foi um homem “que sem nunca querer protagonismo, rapidamente o teve”, salientou o entrevistado.

Teve o protagonismo que lhe dá a autoridade do Evangelho que é a atenção aos mais pobres”.

Américo Monteiro de Aguiar, conhecido como padre Américo, institui a Obra da Rua em janeiro de 1940, com a fundação da primeira Casa do Gaiato; o sacerdote nasceu em Galegos, Penafiel, a 23 de outubro de 1887, e faleceu no Hospital de Santo António, Porto, a 16 de julho de 1956, tendo sido sepultado na Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, Penafiel.

“Em tão pouco tempo, este homem – quase sozinho – com crianças consegue deixar uma marca tão impressiva na história de Portugal do século XX”, referiu Henrique Manuel Pereira.

O professor da UCP sublinhou também que o padre Américo teve intuições fundamentais: “Cada freguesia deve cuidar dos seus pobres, como cogumelos, como fogueira e começa o património dos pobres por este país” e a criação do Calvário, “uma coisa sublime porque é tratar de quem não tem absolutamente nada, nem ninguém, mas é pessoa”.

Para o autor das obras ‘Padre Américo – Frei Junípero no Lume Novo’ e ‘Raízes do Tempo – À Volta de Padre Américo’, o fundador da Obra da Rua teve a “coragem de enfrentar o poder e de não se vender ao poder” e “teve a coragem de ser incompreendido pela Igreja, por muitos colegas”.

Um homem “de Igreja e de coluna”, porque via no outro “a figura de Cristo, sem beatismos”.

Henrique Manuel Pereira cita, a este respeito, o padre Carlos Galamba: “A Obra da Rua é a prova científica que o Evangelho se pode viver à letra”.

PR/LFS/OC

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