Igreja: Novo bispo auxiliar do Porto sabe «o que é trabalhar» desde pequeno e quer «construir pontes entre pessoas»

Ordenação episcopal de D. Armando Esteves vai decorrer este domingo, em Viseu

Viseu, 15 dez 2018 (Ecclesia) – O novo bispo auxiliar do Porto, D. Armando Esteves Domingues, vai ser ordenado este domingo, na Sé de Viseu, e relata à Agência ECCLESIA o seu percurso de vida e os desafios que pensa encontrar nas terras do Douro.

Nascido no ano de 1957, numa localidade perto de Oleiros (Castelo Branco), D. Armando Esteves é o “oitavo de onze filhos” e desde pequeno sabe “o que é trabalhar” porque teve de ajudar os pais nas tarefas agrícolas, referiu à Agência ECCLESIA.

Com um brilho nos olhos, o novo bispo auxiliar do Porto recorda o pai, um homem que colocava uma casa de pé, um autêntico “artista”, visto que era um pedreiro de profissão. Com o progenitor, D. Armando Esteves aprendeu “muito”, ensinamentos que lhe serviram “pela vida fora”, sublinhou.

“Quer queiramos quer não, trazemos do berço muita coisa”, recordou.

Ao fazer referência à sua mãe, o antigo pároco de Nossa Senhora do Viso (Viseu) reconhece que ela era uma “verdadeira mãe e que geria a casa” com muita sabedoria, frisou com um sorriso nos lábios.

Deixou uma “grande influência” nos filhos e ao novo bispo “de forma particular” porque os ensinou coisas muito úteis para o futuro.

Com tenra idade, D. Armando Esteves foi viver para Viseu e recebeu a ordenação sacerdotal em 1982.

Esteve em vários paróquias (umas mais rurais outras mais citadinas) até ancorar em Nossa Senhora do Viso.

Nesta paróquia citadina, D. Armando Esteves não se cansava de dizer aos seus paroquianos para “irem porque a missão é lá fora”, afirmou.

Os jovens e as famílias sempre ocuparam no seu dinamismo pastoral um lugar especial porque sempre desejou “uma igreja mãe e uma igreja em saída”, realçou o novo bispo.

“Sempre entendi a diversidade como uma grande riqueza”.

Durante a entrevista, D. Armando Esteves Domingues não esconde que admira o Papa Francisco, mas o Papa Paulo VI também lhe deixou marcas para o seu percurso sacerdotal.

No dia da eleição do Papa Francisco e depois de ouvir as primeiras palavras do cardeal Bergoglio, o novo bispo auxiliar do Porto foi celebrar e disse “rezemos porque a igreja hoje mudou”.

A “afabilidade” do Papa Francisco impressionou-o, mas o Papa Paulo VI também tem um lugar especial no seu coração.

Foi capelão das Forças Armadas e também professor de Educação Moral e Religiosa Católica, o bispo que vai ser ordenado este domingo também gosta de desporto, de viajar, de ir ao cinema e ao teatro.

O tempo “não tem dado para muito” dos hobbys preferidos mas agora anda a ler as obras de D. Tolentino Mendonça e Tomáš Halík porque lançam diretivas para a nova evangelização.

Escolheu como lema episcopal «Eis a Tua Mãe» e é um homem que pretende – com ajuda dos outros bispos da diocese, padres e cristãos do Porto – construir pontes entre as pessoas.

E finaliza: “Vou ter muito tempo para escutar e aprender”.

A entrevista a D. Armando Esteve vai ser emitida este domingo no programa Ecclesia, na Antena 1, às 6h00, e no programa 70×7, às 17h55, na RTP2

LFS

 

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