Igreja nega «caso» na questão do Protocolo de Estado

A Igreja Católica não vai criar nenhum caso por causa do o diploma que exclui as entidades religiosas do Protocolo de Estado. Reunido hoje em Fátima, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa entende que “o reconhecimento mútuo e a cooperação, regulados pela Concordata, não estão postos em causa”. D. Carlos Azevedo, secretário da CEP, explicou aos jornalistas que a Igreja “quando for convidada” ponderará se aceita o convite e “terá o lugar, certamente, que uma instituição como a Igreja deve ter”. O Protocolo, lembrou, serve para “organizar com bom-senso” as entidades do Estado e não da sociedade civil. Estas declarações foram feitas durante um encontro com a comunicação social, em Lisboa, promovido pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (CECBCCS). O presidente desta comissão, D. Manuel Clemente, lamentou que estas questões não tenham sido tratadas “com um pouco mais de cuidado”, falando com as partes intervenientes antes da proposta no Parlamento. D. Carlos Azevedo também lamentou a ausência de uma “conversa prévia” antes da apresentação do o projecto de lei, pelo grupo parlamentar do PS, na passada quarta-feira. Negando qualquer animosidade, o secretário da CEP assegurou que “a Igreja não tem qualquer problema com o Estado”. “O lugar da Igreja e junto dos pobres, daqueles que mais precisam”, acrescentou. “Aquilo que nos foi dado a conhecer não nos merece qualquer reparo, mas o fundamental não são os lugares”, concluiu.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top