Igreja não faz política, defende Bento XVI

Papa considera que os membros da hierarquia não podem «permanecer neutrais diante dos grandes problemas»

Bento XVI afirmou esta Sexta-feira no Vaticano que os membros da hierarquia católica “não devem entrar no debate político, propondo soluções concretas”.

Falando ao novo embaixador do Equador junto da Santa Sé, o Papa precisou que estes responsáveis, no entanto, “não devem permanecer neutrais diante dos grandes problemas e aspirações do ser humano, nem ser indolentes no momento de lutar pela justiça”.

“A Igreja não procura privilégios, mas pede apenas para poder dar o seu contributo para o desenvolvimento integral das pessoas. O bem comum deve prevalecer sobre os interesses de partido e de classe e o imperativo moral deve ser o ponto de referência obrigatório de cada cidadão”, afirmou.

Bento XVI observou que “a história ensina que o desconhecimento da verdade sobre o homem, criado á imagem e semelhança de Deus leva muitas vezes a injustiças e totalitarismos”.

“É por isso que deve ser defendida a vida em todas as suas fases, a liberdade religiosa, bem como a família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher”, assinalou.

O Papa recebeu também o novo embaixador da Eslovénia, destacando a importância das “raízes cristãs do Velho Continente” como factor de integração.

Os valores morais e espirituais do cristianismo constituíram, no caso esloveno, “também nos momentos mais difíceis e dolorosos, um fermento constante de conforto e de esperança”, sustentando o país “no seu caminho para a independência depois da queda do regime comunista”.

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