Igreja na linha da frente contra doenças infecciosas

A perspectiva teológica e pastoral sobre as doenças infecciosas, mas também a análise social e o papel que a Igreja tem e pode cada vez mais desempenhar, na ajuda aos doentes. Foram estas as grandes temáticas em análise na XXI Conferência Internacional do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, que decorreu em Roma, sob o tema “Os aspectos pastorais dos cuidados a ter com as doenças infecciosas”. Doenças como a malária, a lepra, a tuberculose, o ébola, o dengue, a gripe das aves, e algumas infecções recentes como a sida, as hepatites e todas as que são transmitidas por via sexual foram doenças abordadas na conferência que contou com a participação de 536 especialistas do mundo, portugueses incluídos, entre os quais o Pe Feytor Pinto, que relembra “um destaque sobre os comportamentos e a transmissão dos vírus” esclarece à Agência ECCLESIA. A primeira parte do trabalho foi científica e ficou em evidência como se transmitem os vírus e como se deve fazer para impedir que essa transmissão seja cada vez mais agressiva. “O que pensamos sobre estas questões foi com base numa leitura teológica, bíblica e pastoral, mas também considerando aspectos sociológicos, política e económica” recorda o sacerdote “e foi possível ver que tipo de preocupação temos perante esta problemática assim como reflectir sobre a prevenção, com uma grande aposta na educação” acrescenta. O Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde manifesta que “a Igreja tem iniciativas fabulosas” e exemplifica com os números: 113 mil unidades de saúde, entre hospitais, centros de saúde, comunidades terapêuticas que “contrariam estas situações, sobretudo nos países de subdesenvolvimento” e de 6700 hospitais que dispõem todas as valências. Em suma “a Igreja tem 26,7% das unidades existentes específicas para o tratamento da Sida, mostrando como é importante e relevante o trabalho desenvolvido. A Igreja manifesta a preocupação de apoiar financeiramente os países mais pobres na luta contra a sida, daí ter sido criada a Fundação Bom Samaritano que recolhe milhões de euros para apoiar o tratamento em retroviros de doentes que contraíram estes vírus. “É um trabalho muito intenso” enaltece o Pe Feytor Pinto. E no final relembra o desafio do Papa. “Somos desafiados a ter uma atitude semelhante à atitude de São Francisco de Assis que não teve medo de beijar o leproso” relembra o Padre Feytor Pinto do apelo deixado por Bento XVI.

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