Igreja/Media: Não basta transmitir Missas online, é preciso oferecer qualidade e cuidado estético (c/vídeo)

Seminário Maior de Coimbra e Igreja de S. Francisco em Évora investiram em meios técnicos

 Lisboa, 17 jun 2020 (Ecclesia) – A disponibilidade dos meios e o confinamento forçado pela pandemia abriu outras possibilidades à presença da Igreja Católica online, que exigem uma aposta na qualidade.

Na Igreja de S. Francisco, em Évora, o investimento em meios técnicos de comunicação surgiu após as obras de restauro que recuperaram o templo quase por inteiro e como forma de dar resposta às iniciativas culturais que decorrem naquele espaço.

O cónego Manuel Ferreira, pároco e responsável por esta igreja – conhecida pela Capela dos Ossos -, percebeu que tinha uma ferramenta importante para levar os momentos litúrgicos a uma comunidade mais vasta.

“Estávamos a transmitir na altura a novena do Senhor dos Passos e surgiu esta pandemia que nos levou a ir além das nove transmissões previstas. A recetividade das pessoas foi tão grande que não paramos mais” refere.

O padre Nuno Santos, reitor do Seminário Maior de Coimbra fala de um espaço que é, cada vez mais, lugar de cultura e diálogo com a cidade; a pandemia trouxe a necessidade de não quebrar a ligação com a comunidade que ali se reunia para celebrar a fé.

“Aqui no Seminário temos tido um cuidado não só com o conteúdo, mas também com a forma como transmitimos a mensagem”, indica.

Com esse objetivo, criou-se uma equipa de trabalho constituída por arquitetos, professores universitários, músicos ou médicos, pessoas com sensibilidades diversificadas e onde existe uma regra: não é preciso fazer muito, mas o que fizermos procuramos dar-lhe qualidade”, assume o responsável do Seminário Maior de Coimbra.

Manuel Ribeiro responsável pela comunicação e multimédia na igreja de S. Francisco, salienta que a transmissão das Eucaristias o levou a estudar liturgia para ter a noção exata dos momentos e da oportunidade dos planos e das imagens.

“No início, reconheço que foi um pouco confuso mas agora percebo como uma boa realização pode acrescentar um grande valor à qualidade da transmissão, o que no final se traduz, para quem participa em casa, numa experiência espiritual mais profunda”, relata.

O cuidado pelo conteúdo e aposta na qualidade do que se transmite, marcou a rubrica ‘Ligados em casa’ das ‘Conversas na ECCLESIA’, esta quarta-feira, onde os participantes foram unânimes em apelar para a importância de uma presença de Igreja junto das pessoas, pautada pela qualidade e pela relevância de uma proposta cultural e espiritual.

HM/OC

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