Isabel Figueiredo aponta a «comunhão» de esforços, nos vários projetos católicos, projeta celebração do próximo Dia Mundial e a anuncia o vencedor do Prémio de Jornalismo Dom Manuel Falcão
Lisboa, 24 mai 2019 (Ecclesia) – A nova diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), organismo da Igreja Católica em Portugal, defende uma atenção permanente a “quem consome”, no trabalho dos media.
“A atenção a quem consome tudo aquilo que se faz é que tem de ser grande. Ou seja, não se produz comunicação só para comunicadores, produz-se comunicação para toda a gente e é aí que as redes sociais dão uma dimensão enorme a tudo isto que estamos a falar”, assinalou Isabe Figueiredo, na entrevista semanal conjunta publicada hoje pela ECCLESIA e Rádio Renascença, com transmissão na emissora católica entre as 13h00 e as 14h00.
A responsável, nomeada no início deste mês, destaca que é cada vez mais difícil determinar como é que as pessoas vão ler ou ouvir os conteúdos, o que obriga os profissionais do setor a “estar permanentemente atentos”.
Quanto às prioridades para o trabalho da Igreja Católica no campo dos media, a diretora do SNCS sustenta que é obrigatório “avançar sempre num caminho de comunhão”.
“O tempo em que cada um fazia o seu trabalhinho de comunicação – estarmos aqui sentados, à mesma mesa, é uma evidência dessa capacidade de fazermos um trabalho unidos, em partilha -, esse tempo, para mim, pertence ao passado”, aponta.
Isabel Figueiredo fala numa “época extraordinária”, marcada pela figura e a ação do Papa Francisco, que serve de referência à Igreja Católica em Portugal.
“Há um caminho que está a ser feito, há uma continuidade, e é nesta continuidade que temos de prosseguir, com a consciência de que será preciso cada vez mais. Aí, as redes sociais são talvez o desafio mais evidente”, realça.
A responsável indica a importância de pensar numa dupla dinâmica, “comunicar para dentro” e “comunicar para fora”.
“Há trabalho profissional feito em muitos lados, não podemos dizer que estamos a trabalhar com amadores, em termos institucionais. Há gente a fazer muito bom trabalho”, declara.
Para a diretora do SNCS, as empresas de comunicação vivem um “tempo especial e difícil”, pelo que é essencial que “toda a sociedade tenha consciência que precisa da Comunicação Social”.
A mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2019 tem como título ‘Das ‘Community’ às comunidades’, propondo uma reflexão sobre a atualidade e a natureza das relações que se criam na internet.
“É um desafio muito oportuno, e o Papa dá exemplos muito concretos num texto que tem, em que ele diz que se uma família utiliza a rede para comunicar entre si, para combinar coisas, para trocar impressões, mas depois ao fim do dia essa mesma família se senta à volta da mesa e fala olhos nos olhos, a rede é ótima”, refere Isabel Figueiredo.
A Igreja Católica celebra a 2 de junho o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que é apresentado em Portugal numa sessão marcada para 30 de maio, em Lisboa, com a entrega do prémio de jornalismo ‘D. Manuel Falcão’, na qual será entregue o Prémio de Jornalismo ‘Dom Manuel Falcão’ ao vencedor da edição 2018 e o prémio honorífico ao jornal «Diário do Minho», por ocasião do seu centenário.
A distinção para o melhor trabalho jornalístico vai premiar o trabalho ‘É como se a Mãe descesse à terra’, sobre a festa da Mãe Soberana, em Loulé, Diocese do Algarve, uma reportagem de uma equipa da TVI: Catarina Canelas, João Franco, Tiago Donato, Rodrigo Cortegiano e João Pedro Ferreira.
OC