Igreja: Madeirenses pedem proximidade e alegria ao novo bispo do Funchal (c/vídeo)

Jovens, jornalistas e professores afirmam as expectativas para o trabalho de D. Nuno Brás na Madeira e no Porto Santo

Funchal, 17 fev 2019 (Ecclesia) – Os madeirenses e porto-santenses esperam que o novo bispo da Diocese do Funchal promova a proximidade, estimule à esperança e também consideram que, se fosse do Arquipélago, teria uma “faceta diferente”.

Marco Gomes, atual diretor regional da Educação, disse à Agência ECCLESIA que o atual bispo tem dois desafios, o da “proximidade às pessoas” e a capacidade de “dar ânimo e otimismo”, onde cada um descubra o “seu potencial” para “mudar o mundo”.

O professor considera que ser bispo na Diocese do Funchal tem especificidades, nomeadamente o facto de ser uma ilha, porque o “ilhéu tem uma visão diferente da vida”, é um povo “acolhedor e lutador”, com um “sentido muito apurado da justiça” e “muito crítico perante os outros e preocupado com a vizinhança, porque todos se conhecem”.

Marco Gomes não vê como vantagem ou desvantagem o facto de D. Nuno Brás não ser madeirense, afirmando que “vai permitir olhar as coisas com um certo distanciamento”.

“A atuação e as opções que implementar é que vão dizer, mais tarde, se é uma vantagem ou uma desvantagem”, afirma o atual diretor regional de Educação.

Manuel Gama, jornalista, defende que, no Arquipélago da Madeira, o bispo deveria ser madeirense, porque teria uma “faceta diferente”.

“Nós madeirenses gostaríamos de ter tido um bispo madeirense”, referiu, acrescentando que é defensor de maior autonomia nos diferentes setores da sociedade.

O jornalista recorda o tempo da autoridade em torno do bispo ou do pároco, juntamente com o professor e o regedor, mas considera que “isso hoje desapareceu” e a sociedade “é livre e sabe o que quer e o que faz”.

Manuel Gama diz que “o povo quer que o bispo faça o seu papel de representante e Cristo e chefe da Igreja local”.

“Se o bispo se desencaminha a fazer parcerias com poderes políticos, o povo não tolera”, afirmou.

“Este está a chegar. Gostei das palavras que disse no aeroporto”, acrescentou Manuel Gama..

A Agência ECCLESIA falou também o Grupo de Jovens de Machico, que esperavam o novo bispo com um cartaz onde estava escrito o seu lema – “Na Tua Palavra” – e desejam que D. Nuno Brás “seja compreensivo”, esteja presente “quando for preciso” e continue a apostar na Pastoral Juvenil.

“Sendo um trabalho pastoral, tem de ir ao encontro de toda a comunidade, no caso a Diocese do Funchal, e esperamos que esteja perto, num trabalho de proximidade” acrescentam.

O Grupo de Jovens do Movimento Juvenil Salesiano pede ao novo bispo do Funchal “mais proximidade”, uma maior presença junto dos jovens, “mais atenção aos seus problemas” e que seja “mais alegre”.

D. Nuno Brás tomou hoje posse como bispo da Diocese do Funchal; esta segunda-feira vai presidir a uma Missa na Igreja de Nossa Senhora do Monte, às 11h30.

PR

Madeira: D. Nuno Brás tomou posse como 33º bispo da Diocese do Funchal (c/fotos)

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