Igreja Lusófona: Cabo Verde tem cerca de 800 jovens inscritos na JMJ Lisboa 2023, e participam nos «Dias nas Dioceses»

«O país estará muito bem representado», afirmou Dilma Miranda, coordenadora na Diocese de Mindelo

Foto: JMJ Lisboa 2023

Mindelo, Cabo Verde, 15 jun 2023 (Ecclesia) – 800 jovens de Cabo Verde vão participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, em Lisboa, e na semana anterior nos ‘Dias nas Dioceses’, em Leiria-Fátima, com representações das Dioceses de Mindelo e de Santiago.

“Somos chamados a ir e a partilhar deste momento de grande esperança e comunhão da nossa Igreja, desafiarmo-nos a ser como Maria e a voltar para a nossa diocese com esse espírito de esperança, de comunhão, e levar esta novidade que é Jesus”, disse a coordenadora na Diocese de Mindelo, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

Segundo Dilma Miranda, neste caminho para a primeira edição internacional da JMJ em Portugal, de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, têm feito a preparação espiritual nas duas dioceses cabo-verdianas – a de Mindelo e a de Santiago – e momentos de reflexão “sobre a importância de ir enquanto Igreja, do papel enquanto cristãos”.

Esta responsável explicou que o grupo de 800 jovens vai viajar para Lisboa em dois grupos, os peregrinos da Ilha do Sal e os da Ilha da Boavista, a partir do Sal, no dia 22, e os “peregrinos da região mais norte” vão partir da Ilha de São Vicente no dia 24, e regressam, respetivamente, nos dias 10 e 13 de agosto.

“Que todo o processo venha a ser um sucesso como está a ser neste momento, os desafios são grandes mas nada que não estejamos a conseguir ultrapassar”, acrescentou Dilma Miranda.

Antes da JMJ Lisboa 2023, de 1 a 6 de agosto, estes jovens vão viver a semana dos ‘Dias nas Dioceses’, de 26 a 31 de julho, na Diocese de Leiria-Fátima, com a participação do bispo de Mindelo, D. Ildo Fortes, e os seminaristas Cabo-Verdianos que estão a estudar teologia em Portugal.

A coordenadora na Diocese de Mindelo, a equipa desta diocese está a trabalhar em “colaboração com a Diocese de Santiago”, para se representarem “como país”, e com a comissão de Lisboa.

Segundo esta responsável, antes da pandemia Covid-19 e por esta edição internacional da JMJ se realizar em Lisboa, foi anunciada a 27 de janeiro de 2019, “seria uma Jornada para os Cabo-Verdianos, mas a situação económica dos jovens agravou-se”, e mesmo as empresas a que têm “solicitado apoios” também têm colocado essa questão.

“Perto de 800 jovens inscritos, é uma representação muito satisfatória para a situação que estamos a viver”, realçou.

Dilma Miranda referiu também que “uma das maiores preocupações” é se algum jovem, no fim da JMJ, não regressar ao arquipélago lusófono, observando que não conseguem “controlar todas as variáveis”, adiantando que a organização em Portugal “faz essa questão, que podem ter pessoas de vários outros países, não essencialmente de Cabo Verde, que podem ficar”.

“Estamos a trabalhar nesse sentido, com os párocos, de sensibilizar os jovens para a importância de voltarem para o país que é uma das maiores preocupações. Estamos a fazer da nossa parte, através do levantamento de alguns dados, se o peregrino não aparecer serem entregues ao Serviço de Fronteira”, indicou.

Ainda neste contexto, a coordenadora da Diocese de Mindelo afirma que estão “esperançosos” de que isso não vai acontecer, mas, “se acontecer, vai depender muito do sentido dos cristãos, do sentido de pertença de cada um, o sentido de comunhão”, que é uma coisa que não vão conseguir controlar, divulga o portal ‘Vatican News’.

Lisboa, Santarém e Setúbal são dioceses de acolhimento da Jornada Mundial da Juventude 2023; ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ é o tema deste encontro, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

A JMJ nasceu após o sucesso do encontro promovido pelo Papa João Paulo II, em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

CB/OC

 

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