Igreja/Crise: Estado Social sofre de «inegáveis abalos»

D. Manuel Clemente sublinhou «enfraquecimento da base económica e financeira»

Porto, 23 nov 2012 (Ecclesia) – O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, considerou, hoje, que o Estado social representa um “ganho indispensável” para qualquer sociedade justa, mas sofre de “inegáveis abalos”,

Na intervenção de abertura da Semana Social, a decorrer no Porto, na Casa de Vilar, de hoje a domingo, D. Manuel Clemente sublinha que estes “abalos” se devem ao “enfraquecimento da base económica e financeira que o sustentou”.

Com o tema «Estado Social e Sociedade Solidária», na Semana Social deste ano – reúne cerca de 300 participante – o bispo do Porto sublinhou que para “o garantir e desenvolver”, no atual contexto interno e externo, é fundamental “reforçar a sua base humana, a saber, a sociedade solidária, convictamente solidária – o que podemos considerar como «sujeito social de resposta»”.

“Nada disto se consegue sem ativação política, que não desista do debate e da inclusão de todos as pessoas e corpos sociais e culturais que, em conjunto, procuram e acrescentam o bem comum, de todos para todos”, reforçou o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O Estado social “só se garantirá no futuro, internacionalmente também, se as sociedades forem de facto muito mais solidárias”, afirmou na sua intervenção.

As semanas sociais são promovidas de três em três anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a coordenação de um grupo presidido por Guilherme d’ Oliveira Martins, e composto, entre outros por Alfredo Bruto da Costa, Eugénio Fonseca, padre José Manuel Pereira de Almeida e Joaquim Azevedo.

LFS

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