Igreja: Cardeal-patriarca elogia papel dos padres na direção de Centros Paroquiais

Conferência Episcopal Portuguesa aprovou «modelo» de estatutos para instituições sociais católicas

Fátima, Santarém, 16 abr 2015 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) elogiou hoje em Fátima o papel de “excelentes” padres na direção de Centros Sociais Paroquiais, afirmando que “de maneira nenhuma” exista intenção de os afastar desses cargos.

“Nós, como sociedade, não só como Igreja, somos muito devedores a excelentes padres que investiram o melhor que tinham, que sabiam e podiam, para criar e sustentar instituições de solidariedade social. Não está isso em causa”, declarou D. Manuel Clemente, em conferência de imprensa final da Assembleia Plenária da CEP, que começou esta segunda-feira.

A assembleia dos bispos católicos revelou, em comunicado, que aprovou um “modelo de estatutos” para os Centros Sociais Paroquiais e outros Institutos da Igreja Católica, a serem utilizados por cada Centro e Instituto, para adequar os seus estatutos ao novo Decreto-Lei nº 172-A/2014, de 14 de novembro, “admitindo adaptações em cada diocese”.

“Nalguns casos há leigos, religiosos ou religiosas, perfeitamente habilitados a desempenhar funções de gestão dos centros. Não é necessário que seja o pároco, era o que faltava”, declarou o cardeal-patriarca.

A este respeito, o responsável insistiu na ideia de não estar em causa o “trabalho de excelentes párocos que são excelentes presidentes de instituições sociais católicas”.

O comunicado final da Assembleia Plenária refere que os Centros Sociais Paroquiais, enquanto instituições de solidariedade social, “foram objeto de longa reflexão, quanto à sua autonomia, gestão, eclesialidade e sustentabilidade, tendo em conta a sua situação concreta e as orientações da Igreja”.

D. Manuel Clemente precisou, a este respeito, que a Concordata assinada entre a República Portuguesa e a Santa Sé, em 2004, “protege a identidade das instituições sociais católicas”

A Assembleia aprovou ainda um novo “compromisso-modelo” para as Irmandades da Misericórdia.

OC

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