Igreja: Bispo das Forças Armadas lamenta falta de «força moral» na comunidade internacional

D. Manuel Linda presidiu a Missa do Dia do Exército 2015, em Vila Real

Vila Real, 20 set 2015 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu hoje na Sé de Vila Real à Missa pelo Dia do Exército 2015, na qual alertou para as consequências da falta de “força moral” na comunidade internacional.

D. Manuel Linda denunciou a “a hipocrisia nojenta” de certos países europeus e americanos que “dizem combater os fanatismos, mas lhes vendem armas e os sustentam comprando-lhes o petróleo, o ouro e as obras de arte extorquidos”.

“Por isso, as coisas estão como se vê. Esta «terceira guerra mundial em folhetins», como diria o Papa Francisco; o horror da perseguição aos cristãos no Médio Oriente, com requintes de crueldade que nem Nero, Hitler ou Estaline foram capazes de descobrir; o imenso sofrimento dos refugiados para quem o Mediterrâneo não representa maior perigo do que a barbárie que invadiu as terras onde nasceram”, referiu o prelado, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.

D. Manuel Linda criticou o “vazio ético-religioso programado e induzido no Ocidente” que está a ser preenchido, particularmente entre os jovens, pela “atração da violência e pela adesão radical aos fundamentalismos”.

“O maior problema do nosso mundo não repousa na produção ou no desenvolvimento tecnológico, quase sempre posto ao serviço dos que o podem pagar, mas na carência dos valores humanos, éticos e religiosos”, insistiu.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança agradeceu ao Exército pelo seu “inestimável” contributo para a paz, a liberdade e a coesão nacional.

“O verdadeiro fundamento da autoridade não está nos símbolos ou títulos que a sociedade nos atribui, mas na elevação dos valores que movem a nossa ação”, observou.

Nesse sentido, D. Manuel Linda afirmou que, nãos mãos dos militares, “as armas são instrumento de liberdade”, por causa dos valores que os norteiam.

“No meio da fluidez desta cultura e forma de vida ocidental que pode estar a chegar ao seu fim, sede um bastião de referência de valores humanos, éticos e –porque não?- também religiosos”, concluiu.

As comemorações do “Dia do Exército”, efeméride que celebra a tomada de Lisboa, em 1147, pelas tropas de D. Afonso Henriques, patrono do Exército Português, decorrem este ano na cidade de Vila Real.

OC

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