Agência Fides, do Vaticano, destaca morte de missionária italiana em Moçambique
Cidade do Vaticano, 30 dez 2022 (Ecclesia) – A Agência Fides, do Vaticano, informou hoje que 18 missionários foram assassinados em 2022, entre leigos, sacerdotes, religiosos, seminaristas e catequistas católicos.
“A pouca informação sobre a vida e as circunstâncias que levaram à morte violenta destes 18 missionários e missionárias nos oferecem imagens da vida quotidiana, mesmo que em contextos particulares difíceis, marcadas pela violência, pobreza, falta de justiça e respeito pela vida humana”, indica a nota divulgada online esta sexta-feira.
O elenco alude, em particular, ao assassinato a tiro da irmã Maria De Coppi, missionária italiana de 83 anos, na noite de 7 de setembro, num ataque terrorista em Chipene, norte de Moçambique.
A religiosa comboniana trabalhava em Moçambique desde 1963.
Os dados recolhidos pelas Fides apontam à morte violenta de 12 sacerdotes, um religioso, três religiosas, um seminarista e um leigo.
O maior número de assassinatos registou-se em África, onde foram mortos nove missionários (sete sacerdotes, duas religiosas), seguindo-se a América Latina, com oito missionários mortos (quatro sacerdotes, um religioso, uma religiosa, um seminarista e um leigo ) e a Ásia, onde um padre foi morto.
A lista anual não se refere apenas aos missionários ‘ad gentes’, em sentido estrito, mas procura registar “todos os cristãos católicos comprometidos, de alguma forma, na atividade pastoral, que morreram de forma violenta”.
Segundo a Fides, entre 1990 e 2000 houve registo de 604 missionários mortos, incluindo as vítimas do genocídio do Ruanda (1994), que causou pelo menos 248 vítimas entre o pessoal eclesiástico.
Já nos anos 2001 a 2022, o número total de agentes pastorais mortos foi de 527.
OC