Haiti: Papa convoca reunião para avaliar ação de reconstrução, cinco anos após o terramoto

Responsáveis católicos vão encontrar-se hoje

Cidade do Vaticano, 10 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai assinalar hoje o quinto aniversário do terramoto no Haiti com uma audiência aos responsáveis da Santa Sé que acompanham os projetos de reconstrução do país das Caraíbas.

O encontro está marcado para as 11h30 locais (menos uma em Lisboa) e conta com a participação dos membros do Conselho Pontifício ‘Cor Unum’, que coordena a ação das organizações caritativas católicas, e da Comissão Pontifícia para a América Latina.

Os trabalhos começam com uma conferência dedicada ao tema ‘A comunhão da Igreja: memória e esperança para o Haiti, cinco anos depois do terramoto’, contando com a colaboração dos bispos do Haiti.

Segundo comunicado divulgado pelo Vaticano, a iniciativa responde a “um desejo do Santo Padre” e pretende “manter viva a atenção sobre um país que ainda sofre as consequências” da catástrofe natural que o atingiu em janeiro de 2010.

O sismo deixou cerca de 230 mil mortos e ainda há quase 3 milhões de pessoas afetadas pela tragédia.

O Vaticano quer reforçar a “proximidade da Igreja” ao povo haitiano e fazer o balanço dos apoios destinados ao país, para além de analisar os resultados dos projetos implementados desde 2010.

O encontro vai contar com a presença de representantes do Vaticano, da Igreja Católico no Haiti, membros de outras conferências episcopais e de organismos católicos de solidariedade, congregações religiosas e membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.

Entre os participantes conta-se D. Chibly Langlois, bispo de Les Cayes e presidente da Conferência Episcopal do Haiti, que foi criado cardeal pelo Papa Francisco em 2014.

A respeito deste quinto aniversário, a Cáritas Internacional advertiu que o Haiti continua a precisa de ajuda, sobretudo no acesso à alimentação, educação, saúde e emprego.

“O terramoto no Haiti foi uma das maiores emergências que a Cáritas ajudou. Mais de 300 mil pessoas morreram e mais de um milhão ficou sem habitação”, recorda a instituição católica, que continua a acompanhar o povo haitiano “na travessia por um futuro melhor”.

A Cáritas Internacional assinala que o “caminho” para ajudar os haitianos ainda é “longo”, uma vez que o país “continua” a ser “um dos mais pobres do mundo”.

CB/OC

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