Guarda: Bispo analisa dez anos de serviço episcopal

D. Manuel Felício destaca “calor do acolhimento” que compensou graus negativos da região

Guarda, 16 jan 2015 (Ecclesia) – O bispo da Guarda celebra hoje dez anos de Ministério Episcopal na diocese, um “dia de ação de graças” e também uma oportunidade de revisão do seu serviço diante dos diocesanos e de projeção do futuro.

“Pela frente está a responsabilidade de nos empenharmos para dar cumprimento ao nosso plano pastoral diocesano feito para quatro anos, devendo terminar com a assembleia de representantes de toda a Diocese, prevista para o ano de 2017”, explica D. Manuel Felício.

Na “revisão diante dos diocesanos”, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado assinala a importância dos conselhos pastorais arciprestais como instâncias e instrumentos no futuro da diocese e alerta que é preciso coloca-los a funcionar “onde isso ainda não aconteceu”.

Em dez anos de ministério episcopal destaca a “realidade nova” que surgiu com a instituição de diáconos permanentes, neste momento contam com 17, e “em algumas circuns­tâncias” o bispo considera que é preciso “desenvolver” de forma mais concertada a cooperação com os “sacerdotes mas também com outros serviços pastorais”.

Em setembro deste ano os bispos portugueses realizam a visita ad limina ao Papa Francisco e para D. Manuel Felício a sua revisão e projeção é “por si mesmo” uma parte do relatório que cada diocese vai apresentar aos diferentes dicastérios/conselho pontifício da Santa Sé.

Na sua análise, D. Manuel Felício comenta que 2014 foi marcado pela “preocupação” de encontrar-se com cada um dos párocos e também com os seus colaboradores.

“Sem excluir qualquer outro assunto, procurámos, nestes encontros, avaliar como está a ser feita em nós sacerdotes e nas nossas comunidades a receção do modelo conciliar da Igreja”, desenvolve o prelado que revela que os encontros foram precedidos pela “recolha de alguns dados” sobre o movimento eclesial e social de cada paróquia e conjunto de paróquias.

Em geral, depois realizara-se encontros a nível de arciprestado onde foi apresentado um relatório com “dados relevantes” que indiciam “caminhos pastorais de maior colaboração” entre as paróquias e conjuntos de paróquias, “valorizando sempre e o mais possível a estrutura do arciprestado”.

O ano de 2005 foi para o bispo da Guarda tempo para “um primeiro conhecimento da Diocese, dos sacerdotes, movimentos, serviços e obras de apostolado, dos arciprestados e também das paróquias” e em 2006 deu início às visitas pastorais com a “preocupação de chegar a todos os lugares”.

Deste primeiro périplo destacou-se a necessidade, “pelo reduzido número de residentes”, criar uma “nova mentalidade” de maior cooperação pastoral entre as paróquias.

Neste conhecimento no terreno D. Manuel Felício assinala também a preocupação de “dialogar” com a sociedade civil onde passam as “opções” de cada comunidade e “condicionam a vidas das pessoas”.

“Era um dia frio, mas cheio de sol. Saí da Casa Patriarcal de Lisboa, pela manhã e, às 15H00, iniciava-se a celebração de acolhimento e início do Ministério. Essa celebração começou na Igreja da Misericórdia com cortejo para a Sé onde foi celebrada a Eucaristia”, contextualiza sobre o início o seu serviço no documento também publicado na página online da Diocese da Guarda.

“Os dias que se seguiram continuaram frios, pois parti de casa sempre pela manhã com 6/7 graus negativos e cheguei igualmente com temperaturas muito baixas”, recorda o prelado que destaca o “calor do acolhimento” dos sacerdotes, fiéis e comunidades que “compensou largamente o frio”.

CB/PR

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