Funchal: Diocese apoia projeto para acolher sem-abrigo no centro da cidade

D. Nuno Brás divulgou a mensagem para a Quaresma, um tempo oportuno para «dar mais intensidade» à vida cristã

Funchal, 25 fev 2020 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirma na mensagem para a Quaresma que a diocese vai colaborar na preparação de um espaço no Centro do Funchal para acolher os sem-abrigo da cidade.

“Na renúncia quaresmal deste ano, que será recolhida no próximo Domingo de Ramos, convido-vos a apoiar o projeto que irá nascer no Recolhimento do Bom Jesus, no centro do Funchal. Com a colaboração dos Irmãos de S. João de Deus, o Recolhimento irá oferecer ajuda durante a noite aos mais de 70 sem-abrigo que dormem ao relento nas ruas da nossa cidade”, indica D. Nuno Brás.

Na mensagem para a Quaresma deste ano, o bispo do Funchal informa sobre o montante recolhido em 2019, 31 mil euros, destinados a ajudar os “irmãos da Venezuela”, assim como o resultado da renúncia no tempo do Advento, que foi de 10 mil euros.

No documento intitulado “Deixa-te salvar sempre de novo”, D. Nuno Brás lembra que o a Quaresma é “um tempo oportuno para reanimar a vida recebida no momento do batismo”, procurando “dar mais intensidade” à vida cristã.

O bispo do Funchal afirma que o batismo é “um momento central” na vida dos crentes, dando a possibilidade de viver “por Cristo, com Cristo e em Cristo”, e lembra que é necessário “retomar, sempre de novo, o caminho do batismo”.

“Uma das atitudes centrais para vivermos assim é a celebração do sacramento da Penitência, também conhecido por ‘confissão’. O Papa Francisco, todos os anos, nos dá o exemplo, dirigindo-se a um confessor e confessando-se à vista de todos. Sigamos o seu exemplo”, indica D. Nuno Brás.

O bispo do Funchal sugere aos diocesanos que participem no sacramento da reconciliação através, num “encontro pessoal com Deus, através de um sacerdote”, adiantando que “não existe qualquer razão para celebrações da penitência com absolvição geral”.

“Elas encontram-se previstas apenas para situações muito excepcionais, que não existem na nossa Diocese. A nossa conversão passa por um encontro pessoal com Deus, através de um sacerdote — um encontro que nos responsabiliza, que nos ajuda a crescer e em que somos perdoados dos nossos pecados concretos”, sublinha.

O bispo do Funchal acrescenta que “a reconciliação com Deus deve mostrar-se também na reconciliação com os irmãos”, desafiando quem ofende ao perdão recíproco.

“Ao longo destas semanas de Quaresma havemos ainda de intensificar a nossa oração pessoal e de participar nalguns dos muitos atos públicos de oração que marcam, em toda a nossa Ilha, este tempo litúrgico”, conclui D. Nuno Brás.

PR

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Agência ECCLESIA

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