Francisco saúda Natal das Igrejas Orientais

Papa deixa votos de paz e recorda em particular as comunidades cristãs que passam por dificuldades

Cidade do Vaticano, 06 jan 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco dirigiu hoje uma saudação às Igrejas Orientais que vão celebrar o Natal esta terça-feira, seguindo o calendário introduzido no ano 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César.

“Dirijo as minhas cordiais saudações aos irmãos e irmãs das Igrejas Orientais que amanhã celebrarão o Santo Natal”, disse o Papa, no Vaticano, durante a recitação do ângelus, por ocasião da solenidade litúrgica da Epifania.

Francisco deixou votos de que “a paz que Deus deu à humanidade, com o nascimento de Jesus, Verbo encarnado, reforce em todos a fé, a esperança e a caridade”.

O Papa pediu ainda “conforto para as comunidades cristãs, às Igrejas que são provadas”.

A Igreja Católica segue maioritariamente o “calendário gregoriano”, introduzido em 1582 pelo Papa Gregório XIII, mas as comunidades de rito bizantino seguem até hoje o “calendário juliano”, que apresenta um atraso de 13 dias em relação ao calendário civil.

O Concílio Vaticano II explica no Decreto Orientalium Ecclesiarum (sobre as Igrejas do Oriente) que tanto no Oriente como no Ocidente há católicos que, “sob o governo pastoral do Romano Pontífice, que sucede por instituição divina a São Pedro no primado sobre a Igreja Universal”, têm diferenças entre si nos seus ritos: “Liturgia, disciplina eclesiástica e património espiritual”.

Esta diversidade de ritos, diz o mesmo documento, “não só não prejudica a unidade da Igreja Católica como a explicita”.

O rito bizantino, portanto, não significa uma separação de Roma, mas traz consigo uma riqueza espiritual que ajuda compreender e concretizar a universalidade da Igreja.Segundo o rito bizantino, à primeira estrela da noite de 6 de janeiro as famílias reúnem-se nas suas casas, à volta da mesa de jantar, antes de seguirem para a missa vespertina.

Depois de um período de 40 dias de jejum, a ementa, onde não pode entrar nenhum tipo de carne ou gordura animal, é composta por 12 pratos que aludem aos 12 apóstolos de Jesus e às 12 tribos de Israel, um número que na Bíblia está associado ao conceito de plenitude.

O prato principal é o “kutia”, doce à base de trigo cozido com mel e sementes de papoila moída, ingredientes usados na doçaria oriental e que também têm um significado especial.

OC

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