Franciscanas Missionárias de Maria em Capítulo

«Não é possível fazer-se um bom trabalho de missão sem ser acolhido e acolher». Esta é uma das mais importantes premissas da actividade desenvolvida pelo Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria em Portugal, cujo Capítulo Provincial (espécie de assembleia nacional) está reunido em Arcozelo, Barcelos, desde o passado fim-de-semana. Os trabalhos deste Capítulo, que se realiza de três em três anos, encerram no próximo Domingo. Presidido pela Superiora Provincial cessante, irmã Maria Celeste Lúcio, o Capítulo pretende promover uma reflexão interna para fomentar «novas e reforçadas acções, quer a nível interno como externo», indicou ao Diário do Minho. Neste momento, aquele instituto em Portugal tem missionárias a trabalhar em diversos pontos do planeta, desde a Rússia a Angola, de Burkina Faso à Ilha de Reunião, da América Latina a Madagáscar. Maria Celeste Lúcio indicou ainda que o Instituto acolhe, de momento, uma irmã coreana que veio para Portugal aprender a Língua Portuguesa, para depois ser enviada em missão para o Brasil. Já no no passado tinham estado outras religiosas da congregação a fazer o mesmo antes de irem para países lusófonos. A superiora do instituto salientou ainda que um dos objectivos do Capítulo Provincial é «fomentar a coesão interna», que sustenta ser «importante no reforço da espiritualidade e mentalidade» da congregação. Aliás, frisou a irmã Maria Celeste Lúcio, «saber ler os sinais dos tempos é um tema que há muitos anos consideramos nas nossas reflexões e que se mostra sempre um assunto inacabado». Para que tal leitura seja feita com equidade, a responsável do instituto indica que a mesma «não pode ser feita apenas do ponto de vista pessoal e interno; é preciso confrontar as conclusões com as dos outros». Ora, para promover esse mesmo confronto de ideias, um dos conferencistas neste Capítulo Provincial foi Guilherme d’Oliveira Martins, actual presidente do Tribunal de Conta, segundo Maria Celeste Lúcio «um cristão comprometido, com larga experiência de vida». Às 56 Franciscanas Missionárias de Maria, reunidas em Capítulo, Guilherme d’Oliveira Martins falou de “Situações do Mundo de Hoje” e dos “Desafios à Missão”. Noviciado não encerra desde 1978 Sobre o declínio de novas vocações religiosas que afecta a Igreja Católica em geral, a superiora frisou que o seu instituto também sofre com essa mesma quebra no número de novas vocações consagradas. Contudo, a irmã Maria Celeste Lúcio destaca que, desde 1978, que o noviciado não encerra em Portugal. De momento, o instituto tem duas religiosas no noviciado. Na missão que desenvolvem em Portugal, as Franciscanas Missionárias de Maria possuem 26 casas, onde prestam serviço e assistência a problemas como a toxicodependência, crianças em risco, sem-abrigo, imigrantes, bem como colaboração com as paróquias onde estão presentes. O Capítulo Provincial – que encerra Domingo, com uma sessão solene, às 10h00, e uma missa, às 11h00, presidida pelo Provincial dos Franciscanos, Pe. Vítor Melícias – pretende preparar o Capítulo Geral (assembleia mundial) que se realizará no próximo ano.

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