Filipinas: Papa recebido em clima de festa por mais de 2 milhões de pessoas

Papa leva mensagem de esperança a país devastado por catástrofes naturais

Manila, 15 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa chegou hoje às Filipinas, após 48 horas no Sri Lanka, onde foi recebido em clima de festa, tanto na base aérea de Villamor como por mais de 2 milhões de pessoas nas ruas de Manila.

Segundo o porta-voz do Vaticano, entre 2 a 3 milhões de pessoas acompanharam Francisco no trajeto entre o aeroporto e a Nunciatura Apostólica (representação diplomática da Santa Sé), onde fica alojado.

O Papa foi recebido na base aérea pelo presidente da República, Benigno Simeon “Noyoy” Aquino III, com quem se vai encontrar de novo esta sexta-feira, para a cerimónia oficial de boas-vindas

Um grupo de jovens dançou durante largos minutos, numa coreografia ao som de 'bienvenido Papa Francisco', enquanto o pontífice argentino cumprimentava autoridades oficiais e religiosas.

Francisco vai visitar, até segunda-feira, um país a recuperar de catástrofes naturais que provocaram milhares de mortes e milhões de desalojados.

Simbolicamente, Francisco vai almoçar com sobreviventes do tufão Hayan (conhecido localmente como ‘Yolanda’) na cidade de Tacoban, capital da província de Leyte.

A cidade é conhecida como “zona zero” do Hayan, formado por ventos que chegaram a atingir 315 quilómetros por hora, em novembro de 2013; além de ter causado milhares de mortos, o tufão espalhou arrasou mais de um milhão de casas e deixou perto de cinco milhões de pessoas desalojadas.

O Papa vai presidir a uma Missa em Tacoblan, no sábado, durante a qual os presentes rezarão pelas vítimas e seus familiares, recordando também os que foram atingidos pelas consequências do terramoto em Bohol (outubro de 2013).

O Papa vai também lembrar os mais desfavorecidos na Missa a que vai presidir esta sexta-feira na Catedral de Manila, seguindo-se um encontro com famílias católicas.

Nas Filipinas serão assinalados os 20 anos da celebração da Jornada Mundial da Juventude com João Paulo II, que reuniu quatro milhões de pessoas.

Federico Lombardi anunciou que o papa vai usar um "papamóvel" aberto, nas deslocações, para estar mais próximo das populações.

A viagem conclui-se em Manila, após encontros com líderes religiosos, os jovens e uma Missa no Parque Rizal, este domingo.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, recorda em entrevista que as Filipinas, tal como Timor-Leste, “são um dos países do sudeste asiático onde a maioria da população é católica”.

A importância do país para a Igreja Católica estende-se ao seu papel na formação de jovens vindos de outras nações e aos imigrantes filipinos em todo o mundo.

“O importante é que a Igreja neste país acolha esta mensagem e este impulso dado pelo Papa Francisco para ser uma Igreja em saída: uma Igreja que sente a missão de evangelização e de anúncio do Evangelho”, sublinha o cardeal Parolin.

A cerimónia de despedida está marcada para a manhã de 19 de janeiro, estando a chegada a Roma marcada para as 17h40 (menos uma em Lisboa).

Paulo VI incluiu as Filipinas na sua peregrinação apostólica à Ásia e à Oceânia em 1970; João Paulo II visitou o país em 1981 e em 1995, neste caso para a Jornada Mundial da juventude.

O padre Jovito Osalvo, filipino, é missionário do Verbo Divino em Portugal e acredita que a visita do Papa Francisco “vai ser uma grande festa para o povo”.

“Todos os filipinos querem ver o Papa”, declara à Agência ECCLESIA.

Milhões de pessoas são esperadas na Missa do próximo domingo, no Parque Riezal.

“Estou feliz porque o Papa caminha com todo o povo, o Papa é um dom da Igreja, neste momento”, assinala o padre Jovito Osalvo.

SN/OC

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