Conhecida na Guiné-Bissau por actuar na área da educação nas regiões mais inacessíveis, onde as necessidades são maiores, a Fundação Evangelização e Culturas (FEC) desenvolve desde Janeiro de 2001 (primeiro pelo Projecto de Apoio à Educação no Interior da Guiné-Bissau e mais recentemente através do Projecto + Escola) um conjunto de iniciativas que visam melhorar as condições de ensino das populações que menos possibilidades têm para dar corpo às suas ambições de desenvolvimento. Com base na experiência acumulada, no conjunto de colaborações institucionais e envolvimento do seu público-alvo, a equipa técnica da FEC preparou durante o mês de Setembro mais um ano de intervenção na Guiné-Bissau. Assim, partem esta semana sete técnicos formadores portugueses que se juntam a dois membros guineenses, uma equipa de nove elementos que vai dar continuidade ao projecto +Escola ao longo do presente ano lectivo. Vão trabalhar sobretudo nas regiões de Bissau, Bafatá, Cacheu, Quínara e Tombali. A sua intervenção centra-se em acções de formação de professores do ensino básico, primeiro ciclo, língua portuguesa e ciências integradas. Vão igualmente organizar actividades com directores e sub-directores de escolas, líderes de comunidades e associações, sobretudo na área da administração e gestão escolar. Pelos resultados alcançados ao longo do tempo, a importância do trabalho da FEC na Guiné-Bissau tem sido destacada não só pelo conjunto de parceiros associados – Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), Ministério da Educação Nacional e do Ensino Superior da Guiné, Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação da Guiné-Bissau (INDE), Plan Guiné-Bissau, Comissão Inter-diocesana de Educação e Ensino da Guiné-Bissau, Diocese de Bafatá e tantas outras instituições locais, nacionais e internacionais – mas principalmente pelo público-alvo que beneficia da formação, do acompanhamento, do apetrechamento de escolas, da reabilitação de infra-estruturais ou do impulso dado a estruturas sustentáveis sem as quais o progresso dificilmente poderá chegar a regiões remotas. São exemplo paradigmático a Rádio de Sol Mansi, que hoje já emite para todo o país ou os Centros de Desenvolvimento Educativo (CDE) que a FEC tem promovido em Canchungo, Calequisse, Caió, Mansoa, Bambadinca e Bafatá. Apesar dos índices de desenvolvimento naquele país se manterem bastante baixos, a verdade é que nos últimos anos foi garantido um conjunto de infra-estruturas rodoviárias que facilitam o acesso de um crescente número de organizações a algumas das regiões do interior. Justifica-se, por isso, que a FEC, mantendo a fidelidade à sua lógica de intervenção, procure responder às necessidades da população, pela inovação, nomeadamente junto de populações mais isoladas, disseminando boas práticas e instrumentos de trabalho experimentados durante o projecto + Escola, identificando públicos-alvo mais focalizados e novas áreas de actuação. A meta da Educação para Todos, estabelecida no Fórum Mundial sobre Educação em Dakar em 2000 é um compromisso internacional na luta contra a pobreza e considerado como um elemento central na conquista da cidadania. Alcançar o ensino primário universal é igualmente um dos oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio a ser alcançado até 2015. Fundação Evangelização e Culturas