Fátima2017: Centenário e visita do Papa devem ser «mola de desenvolvimento» para a região – Nazareno do Carmo

Vice-presidente da autarquia de Ourém lamenta a falta de «um projeto nacional» para a Cova da Iria

Fátima, 10 mar 2017 (Ecclesia) – O vice-presidente da Câmara Municipal de Ourém espera que o Centenário das Aparições e a vinda do Papa Francisco ao Santuário de Fátima sirvam de “mola de desenvolvimento” para o território.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Nazareno do Carmo salienta que é tempo de “Fátima ser encarada pelo Estado, pelos governantes, como um verdadeiro projeto nacional, com condições atribuídas”.

“Temos muitos estrangeiros que nos visitam, e que particularmente nos vão visitar este ano, e o que veem em Fátima vai ser a imagem que levarão do país, para as suas terras. E em Fátima falta muita coisa, desde as infraestruturas mais básicas até a uma série de questões que possam permitir dar uma receção de qualidade a quem nos visita”, aponta aquele responsável.

A resposta a estas necessidades “não pode ser dada por um projeto de índole municipal”, tem de ser um “desafio para todos”, defende o representante da autarquia de Ourém.

Sobre a receção ao Papa, prevista para dia 12 de maio, Nazareno do Carmo considera que ela será “diferente de todas” as outras visitas, e já foram cinco, “uma com Paulo VI, três com João Paulo II e outra com Bento XVI”.

“Primeiro porque temos o ano do centenário, que é sempre um extra, e depois temos a visita de um Papa como Francisco, com todo o carisma que ele tem”, salienta.

De acordo com as previsões adiantadas esta quinta-feira em Fátima pela Guarda Nacional Republicana, durante o 5.º Workshop Internacional de Turismo Religioso, deverão acorrer à Cova da Iria, nos dias 12 e 13 de maio, cerca de 500 mil pessoas.

“Sabemos que vamos ter aqui muita gente, vamos ter que condicionar de certo modo os acessos a Fátima e criar regras rígidas que terão de ser cumpridas. Mas sempre estivemos habituados a ter aqui picos de muita gente”, realça o vice-presidente da Câmara de Ourém, que define a cooperação como um aspeto essencial para que tudo corra bem.

“Tem que haver uma conjugação de esforços e uma maior cumplicidade entre o poder local e o Estado, e entre o poder local e as instituições religiosas, neste caso o Santuário de Fátima. Isso é vital para que os acontecimentos que se verificam em Fátima decorram com a qualidade que todos nós esperamos”, conclui.

JCP

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