Peregrinação internacional do 13 de junho evocou papel dos Pastorinhos na transmissão desta mensagem
Fátima, 13 jun 2021 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal presidiu hoje à Missa da peregrinação internacional do 13 de junho, destacando a importância das Aparições de 1917, na Cova da Iria, como sinal de atenção de Deus pela humanidade.
“Como Mãe da Igreja Ela ama-nos e toma cuidado de nós. Por isso, Ela vem ao nosso encontro para nos indicar o caminho de conversão a seguir e os instrumentos a utilizar para ser dignos, um dia, de entrar na Casa de Deus Pai”, referiu D. Ivo Scapolo.
Segundo o representante diplomático do Papa em Portugal, “também as aparições que a Virgem Maria realizou aqui em Fátima, há 104 anos, fazem parte desta missão”.
A homilia sublinhou, em particular, o papel dos três Pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, os videntes de Fátima, chamados a colaborar “para a salvação das almas, sobretudo para a conversão dos pecadores”
[A Virgem Maria] Também nos pede que rezemos muito, sobretudo, a oração do Rosário para conduzir as mentes e os corações a uma cada vez maior sintonia com os sentimentos com os quais Ela colaborou no grande plano de salvação”.
O núncio apostólico considerou “significativo” o facto de a Virgem Maria ter aparecido, na Cova da Iria, a três crianças.
“Podemos dizer que os três Pastorinhos são como o grão de mostarda que – apesar da sua fragilidade e pequenhez, não obstante tantas ameaças, incompreensões, dificuldades e obstáculos, graças à obra do Espírito e à ajuda maternal da Virgem Maria – estiveram na origem da realidade deste Santuário de Fátima”, observou.
D. Ivo Scapolo recordou as muitas pessoas que continuam a acorrer ao santuário nacional, em busca de conforto e de esperança, convidando – como fez na celebração da vigília, este sábado – a viver e promover a devoção ao Coração Imaculado de Maria.
“É Deus que salva, porém, pede a nossa colaboração que é constituída por tudo o que podemos fazer de bem e de bom: orações, sacrifícios, penitências, serviços, doações, testemunhos, iniciativas corajosas e criativas, obras de misericórdia corporal e espiritual”, declarou.
O diplomata da Santa Sé, natural da cidade italiana de Pádua, deixou ainda uma referência a Santo António de Lisboa, no dia da sua celebração litúrgica.
“Não posso deixar de mencionar o facto de hoje a Igreja celebrar a memória de Santo António de Lisboa ao qual eu também estou particularmente afeiçoado, uma vez que concluiu a sua peregrinação terrena na minha cidade de Pádua, onde é muito amado e venerado”, indicou.
O arcebispo recitou uma oração da autoria do religioso português, dedicada à Virgem Maria: “Senhora nossa, única esperança nossa, suplicamos-te que ilumines as nossas mentes com o esplendor da tua graça, que nos aqueças com o calor da tua visita e que nos reconcilies com o teu Filho, para que possamos merecer chegar ao esplendor da sua glória”.
A peregrinação de junho mantém as regras de segurança e acolhimento em vigor no Santuário de Fátima, sob as orientações dos acolhedores, com exigência de distanciamento e uso de máscara.
As celebrações têm interpretação em Língua Gestual Portuguesa e transmissão através das redes digitais do Santuário nacional e da televisão.
A Peregrinação Internacional Aniversária de junho é a segunda do ano pastoral, vivido em Fátima sob o tema “Louvai o Senhor, que levanta os fracos”.
OC
| No final da celebração, o cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, recordou os peregrinos que procuram “consolação, conforto, esperança”, na Cova da Iria, como aconteceu com tantas pessoas nestes meses de pandemia.
“No caminho da nossa peregrinação terrena, Nossa Senhora caminha connosco e dá-nos esta confiança”, disse. O responsável agradeceu ao núncio apostólico pela presidência da peregrinação, pedindo-lhe que dirija ao Papa uma mensagem de “afeto de todos os peregrinos” presentes nesta celebração. “Nunca o esquecemos”, acrescentou. |
