Fátima: Nobel da Paz a dois asiáticos é emblemático

Um símbolo para todos aqueles que «lutam para dar uma esperança aos desfavorecidos, aos esquecidos e aos oprimidos», realçou o bispo de Leiria-Fátima.

Fátima, Santarém, 12 out 2014 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, considerou hoje que o catolicismo no continente asiático está “florescente” e que cresce “num pluralismo religioso”.

Na conferência de imprensa para apresentar a peregrinação internacional aniversária de outubro, que é presidida pelo arcebispo de Goa e Damão (Índia), D. Filipe Neri Ferrão, o prelado de Leiria-Fátima congratulou-se também com a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2014 “a duas personagens do continente asiático”.

O galardão atribuído a uma paquistanesa (Malala Yousufzai) e a um indiano (Kailash Satyarthi) deve-se ao empenho pelos “direitos da infância” e “pela dignidade da condição feminina”, salientou D. António Marto.

“Um símbolo para todos aqueles que lutam para dar uma esperança aos desfavorecidos, aos esquecidos e aos oprimidos”, realçou o bispo de Leiria-Fátima.

Na conferência de imprensa, D. António Marto fez também referência à beatificação do Papa Paulo VI que “visitou o Santuário de Fátima no cinquentenário das aparições” e “ofereceu a Rosa de Ouro” ao santuário mariano.

“É célebre o grito do Papa Paulo VI na ONU (Organização das Nações Unidas): «Nunca mais a guerra»”, sublinhou o bispo.

O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, disse aos jornalistas que a 13 de outubro se assinala o dia do peregrino e que para este santuário – “cuja missão primeira é o acolhimento de peregrinos” – esta iniciativa “é, particularmente, significativa”.

A instituição do dia do peregrino “dá visibilidade” e “reconhecimento” a um fenómeno que marca “a vida dos portugueses”, adiantou o padre Carlos Cabecinhas.

No que concerne a publicações, o reitor do santuário de Fátima apresentou a obra, coordenada por Isabel Varanda e Alfredo Teixeira, «Não tenhais medo – A confiança, um estilo cristão de habitar o mundo» e o número dois da revista «Fátima XXI».

O reitor do Santuário de Fátima afirmou também não ter recebido avisos ou recomendações das autoridades a dar aos peregrinos na sequência do vírus Ébola, considerando que os alertas são “ótimos para lançar o pânico”.

A peregrinação de outubro evoca a última das aparições em 1917, na qual teve lugar o chamado «milagre do sol», vai ter como tema «Arrependei-vos porque Deus está perto».

A conferência de imprensa da peregrinação que se realizou na Casa de Nossa Senhora do Carmo, contou com a presença de D. Filipe Neri Ferrão, do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e do reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas.

LFS

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