Fátima: «Faça o país o que fizeram estes bravos pescadores e não se afundará»

Pároco de Caxinas diz que ida a Fátima é «expressão da fé viva» dos homens resgatados

Fátima, Santarém, 07 jan 2012 (Ecclesia) – Os seis pescadores de Caxinas salvos em dezembro depois de 60 horas em alto mar, foram hoje considerados exemplo pelo padre Manuel Santos José, durante uma celebração eucarística no Santuário de Fátima.

“Faça o país o que fizeram estes bravos pescadores e o país não se afundará” referiu um dos capelães do santuário na homilia enviada à Agência ECCLESIA, durante a missa em que participaram os seis pescadores resgatados e centenas de amigos e familiares que os acompanharam à Cova da Iria.

A devoção afirmada pelos homens resgatados é “uma grande parábola para o nosso país mergulhado em crise económica, financeira e de valores, tomado pelo medo, pânico”.

Os homens de Caxinas levaram “uma arma poderosa, capaz de vencer todas as batalhas” e nela encontraram “força” para se manterem “unidos” e para viverem as “horas amargas em admirável espírito de solidariedade e de fraternidade: um por todos e todos por um”, apontou o sacerdote referindo o terço que juntou os homens em oração durante os dias em que estiveram no mar.

Antes da celebração da eucaristia, os seis pescadores foram junto da imagem de Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, e ofereceram o terço, que permaneceu durante a celebração em cima do altar, num gesto que foi saudado pelos presentes com uma salva de palmas.

Para o padre Domingos Araújo, pároco de Caxinas, localidade de Vila do Conde, a viagem a Fátima é expressão “da fé viva dos pescadores”.

“Os que estavam em terra já todos tínhamos perdido a esperança, mas eles confiantes em Maria e em Deus, não desanimaram, e viram o terço como uma arma, uma boia de salvação”, afirma o sacerdote em declarações à Agência ECLESIA.

Segundo o pároco milhares de pessoas acompanharam os seis pescadores que “atribuindo a graça de se salvarem a Nossa Senhora, quiseram vir a Fátima entregar o terço pelo qual tantas vezes rezaram”.

“Nestes dias muitos me confidenciavam que não podendo vir, estavam aqui de coração”, refere o sacerdote apontando que a “tónica da alegria está patente hoje” nos rostos de quem se deslocou a Fátima mas também dos que ficaram em Caxinas.

LS

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