Vaticano: Indicações pastorais para o Ano da Fé recuperam documentos do Concílio Vaticano II

Iniciativa quer envolver bispos, dioceses, paróquias, comunidades, associações e movimentos

Cidade do Vaticano, 07 jan 2012 (Ecclesia) – A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), organismo da Santa Sé, publicou hoje uma nota com “indicações pastorais” para a celebração do Ano da Fé convocado por Bento XVI.

A iniciativa, com início marcado para 11 de outubro de 2012, assinala o 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965) e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica, pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992).

“O Ano da Fé será uma ocasião privilegiada para promover o conhecimento e a difusão dos conteúdos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica”, assinala o documento.

A celebração, que se prolonga até 24 de novembro de 2013, domingo de Cristo-Rei, será feita a quatro níveis, de acordo com a Santa Sé: em toda a Igreja; Conferências Episcopais; dioceses; paróquias, comunidades, associações e movimentos.

O principal evento eclesial no começo do «Ano da Fé» será a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada à Nova evangelização para a transmissão da fé cristã, onde o Papa irá presidir a uma celebração solene de inauguração, a 11 de outubro, recordando o quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II.

No que se refere à celebração em toda a Igreja, o documento sugere a promoção de iniciativas ecuménicas para “invocar e favorecer o restabelecimento da unidade entre todos os cristãos” e também o aprofundamento “dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estudo do Catecismo da Igreja Católica”.

Às Conferências Episcopais pede-se que cuidem da qualidade da formação catequética eclesial e promovem uma “verificação dos catecismos locais” para que haja uma “plena conformidade ao Catecismo da Igreja Católica”.

Os episcopados de cada país devem ainda republicar os documentos do Concílio Vaticano II, do Catecismo da Igreja Católica e do seu Compêndio, “também em edições de bolso e económicas, e a sua maior difusão possível com a ajuda dos meios eletrónicos e das tecnologias modernas”.

Cada bispo “poderá dedicar uma carta pastoral ao tema da fé”, assinala o documento.

A CDF apela à utilização das linguagens da comunicação e da arte, com “transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, a nível popular e acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé, dos seus princípios e conteúdos, bem como sobre o significado eclesial do Concílio Vaticano II”.

A nível diocesano, propõe-se o “diálogo criativo entre a fé e a razão, através de simpósios, encontros e jornadas de estudo, nomeadamente nas Universidades Católicas” e a promoção de “celebrações penitenciais”, com especial atenção aos “pecados contra a fé”.

A CDF afirma ser “oportuno” que cada diocese organize “uma jornada sobre o Catecismo da Igreja Católica, convidando especialmente os sacerdotes, as pessoas consagradas e os catequistas”.

Quanto às paróquias, comunidades, associações e movimentos, o documento indica que “a proposta central continua a ser a celebração da fé na liturgia, em especial na Eucaristia”.

O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização constituirá uma Secretaria para o Ano da Fé, também com presença na Internet, visando “coordenar as várias iniciativas promovidas pelos diferentes Dicastérios Santa Sé e todo o tipo de acontecimentos relevantes para a Igreja universal”.

A Santa Sé assinala em comunicado que com a “promulgação deste ano, o Santo Padre pretende colocar no centro da atenção eclesial aquilo que, desde o início do seu pontificado, tem mais a peito: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé nele”.

OC/LS

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