Carta expressa a gratidão de Francisco pela nota do cardeal-patriarca de Lisboa sobre a aplicação do capítulo VIII da Exortação Apostólica «Amoris laetitia»
Lisboa, 12 julh 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma carta ao cardeal-patriarca de Lisboa a agradecer a “aprofundada reflexão”sobre a aplicação do capítulo VIII da exortação apostólica Amoris laetitia e a pedir que continue “a acompanhar, discernir e integrar” as “situações da vida conjugal”.
No dia 6 de fevereiro deste ano, D. Manuel Clemente publicou uma “Nota para a receção do capítulo VIII da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’”, após ter sido apresentada na reunião de vigários do Patriarcado de Lisboa.
“Esta sua aprofundada reflexão encheu-me de alegria, porque reconheci nela o esforço do pastor e pai que, consciente do seu dever de acompanhar os fiéis, quis fazê-lo começando pelos seus presbíteros para poderem cumprir da melhor forma o ministério”, escreve o Papa no documento enviado à Agência ECCLESIA pelo Patriarcado de Lisboa.
Francisco lembra que as situações da vida conjugal constituem um dos campos onde o “acompanhamento é mais necessário e delicado”, referindo que “quis chamar o Colégio Episcopal a um itinerário sinodal prolongado, que propiciasse – apesar das dificuldades inevitáveis – a maturação de orientações compartilhadas em benefício de todo o povo de Deus”.
O Papa exprime “gratidão” e encoraja o cardeal-patriarca e os seus colaboradores no ministério pastoral a “prosseguirem, com sabedoria e paciência, no compromisso de acompanhar, discernir e integrar a fragilidade, que de variadas formas se manifesta nos cônjuges e nos seus vínculos”.
“Um compromisso que, se por um lado requer de nós, pastores, não pouco esforço, por outro regenera-nos e santifica-nos, pois tudo é animado pela graça do Espírito Santo, que o Senhor Ressuscitado concedeu aos apóstolos para a remissão dos pecados e o solícito tratamento de todas as feridas”, acrescenta o Papa.
“Na alegria de partilhar consigo, amado Irmão, esta doce e exigente missão, asseguro a lembrança da sua pessoa na minha oração e, pedindo-lhe que reze por mim também, de coração o abençoo juntamente com o presbitério e toda a comunidade diocesana do Patriarcado de Lisboa”, conclui o Papa Francisco na carta enviada a D. Manuel Clemente.
PR