Évora: «O Senhor está presente nos mais descartados da sociedade» – D. Francisco Senra Coelho

Arcebispo destacou necessidade de uma vida de fé que se concretize em atos de amor

Évora, 23 nov 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora presidiu este domingo à celebração da Solenidade de Cristo Rei, pedindo aos cristãos para “fixarem o olhar em Cristo e a torná-lo centro da vida de todos”, com atenção a quem mais sofre.

Devido ao confinamento naquela cidade do Alentejo, a celebração foi na Igreja de São Francisco e não na Sé de Évora, como é habitual.

D. Francisco Senra Coelho sustentou que, do ponto de vista católico, “a primazia ou realeza não se exercem na lógica do poder, mas do amor”,

“O Senhor está presente nos mais descartados da sociedade” e nesta linha, as obras de misericórdia são uma “proposta sublime que identificam os cristãos com Jesus Cristo”, realçou, na sua homilia, numa celebração com transmissão online.

O arcebispo de Évora realçou a “beleza da grandeza do amor de Cristo”, que ultrapassa a compreensão humana.

“Cristo é Aquele que salva e é a esperança”, por isso os cristãos devem “fixar a certeza na esperança e não nas esperanças”, frisou.

O responsável católico declarou que os cristãos são “a semente, o fermento, a levedura e esta luz do mundo” porque o “amor não morreu”.

D. Francisco Senra Coelho observou que “a primazia ou realeza não se exercem na lógica do poder, mas do amor”, pelo que Jesus propõe a “ação da caridade concreta em favor dos mais necessitados”.

“É necessário que, à ortodoxia de uma fé, corresponda a ortopráxis de uma vida”, salientou.

“Deve haver coerência entre fé e vida, entre a fé e o amor compartilhado”, acrescentou.

A “dinâmica do amor” no serviço dos irmãos é uma condição essencial dos cristãos, mas, “muitas vezes, a pressa, a indiferença e a frieza separam do amor”, lamentou.

“Não nos alheamos dos sós e dos que sofrem”, pediu D. Francisco Senra Coelho.

O mundo de hoje deve servir-se “desta pandemia para ler os sinais dos tempos nesta terra que grita com a exploração”, afirmou.

Na despedida, D. Francisco Senra Coelho recordou o papel desempenhado por D. Augusto Eduardo Nunes (1885-1920) no combate à pobreza e evangelização na Arquidiocese de Évora.

Este ano celebra-se o 1º centenário da morte daquele arcebispo de Évora.

LFS

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