EUA/Refugiados: Presidência da Conferência Episcopal pede ao governo que respeite princípios de «humanidade básica»

Bispos rejeitam discriminações com base na religião

Lisboa, 31 jan 2017 (Ecclesia) – O presidente da conferência episcopal dos EUA (USCCB), cardeal Daniel N. DiNardo, contestou em comunicado a nova política do presidente Donald Trump para os refugiados, apelando ao respeito de princípios de “humanidade básica”.

O texto é também assinado pelo vice-presidente do organismo do episcopado católico, D. José H. Gomez.

“As ações do nosso governo devem lembrar às pessoas a humanidade básica. Onde quer que os nossos irmãos e irmãs sofram rejeição e abandono, iremos levantar a nossa voz em sua defesa”, pode ler-se.

A conferência episcopal norte-americana assinala que não irá “virar costas” aos refugiados.

O presidente Donald Trump decidiu suspender a entrada de refugiados nos EUA durante 120 dias, proibindo indeterminadamente a admissão de refugiados sírios e, durante 90 dias, de cidadãos de sete países maioritariamente muçulmanos.

“O laço entre cristãos e muçulmanos funda-se na força inquebrável da caridade e da justiça”, sustentam os bispos católicos norte-americanos, citando o Concílio Vaticano II.

A USCCB assume a defesa dos “irmãos e irmãs de todas as fés” que sofram às mãos de “perseguidores implacáveis”.

“Os refugiados que fogem do ‘Estado Islâmico’ e de outros extremistas estão a sacrificar tudo o que têm em nome da paz e da liberdade”, refere o comunicado da presidência do organismo.

Os responsáveis católicos admitem que é necessária vigilância sobre possíveis “infiltrados” com intenção de atacar os EUA, mas pede a mesma vigilância para “receber bem os amigos”.

O jornal do Vaticano apresenta na sua edição de hoje, em 1ª página, as reações à ordem executiva do presidente norte-americana, numa peça intitulada ‘Trump escolhe a linha dura’.

OC

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