Arcebispo Timothy Broglio reforça condenação do atentado contra Donald Trump e pede respeito pela dignidade de todos
Cidade do Vaticano, 16 jul 2024 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB, sigla em inglês), D. Timothy Broglio, lamentou a radicalização do discurso político, no país, ao reforçar a condenação do atentado contra Donald Trump, no último sábado.
“É trágico que o discurso político neste país tenha chegado a um ponto em que as pessoas se limitam a gritar umas com as outras, sem espaço para ouvir. O Papa Francisco exorta-nos constantemente a reconhecer esta dignidade humana básica e a respeitá-la de todas as formas que pudermos”, assinala o responsável católico, em entrevista aos meios de comunicação do Vaticano.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump, candidato republicano às próximas eleições presidenciais, foi alvo de um ataque a tiro durante um comício que decorria no Estado da Pensilvânia, este sábado, ficando ferido numa orelha.
“Este trágico acontecimento é, na verdade, um apelo para que todos meçamos o nosso discurso e avancemos por caminhos de paz e reconciliação, com uma avaliação honesta de quaisquer diferenças políticas e da forma como podemos trabalhar, em conjunto, para encontrar soluções”, refere D. Timothy Broglio.
Duas pessoas morreram no ataque, incluindo o atirador, identificado pela polícia federal norte-americana (FBI) como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos; outras duas pessoas ficaram feridas.
O responsável pelo Ordinariato Castrense nos EUA manifesta “horror” perante a violência numa sociedade democrática, falando num ato “muito trágico”.
“Uma coisa que todos podemos fazer é recordar e promover a dignidade da pessoa humana. E manter constantemente na nossa mente o facto de que, mesmo que alguém discorde de mim, não deixa de ser criado à imagem e semelhança de Deus”, observa o presidente da USCCB.
A Igreja Católica nos EUA celebra, a partir de quarta-feira, o Congresso Eucarístico Nacional, que o arcebispo apresenta como uma “ótima oportunidade para promover o diálogo e a reconciliação”.
OC