Semana de Estudos sobre a consagração religiosa decorre entre 13 e 16 de Fevereiro
A 26.ª Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada começa este Sábado, em Fátima. Durante quatro dias, os cerca de 1100 inscritos vão reflectir sobre as diversas faces da esperança e da alegria reveladas na parábola evangélica das bem-aventuranças.
“Queremos ser sinal visível de uma realidade diferente daquela em que a sociedade portuguesa está mergulhada”, afirmou à Agência ECCLESIA a secretária-geral da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, Ir. Maria Manuela Oliveira.
O tema do encontro – “Vida Consagrada, mensageira de esperança e alegria” – pretende rever atitudes como o desprendimento, a mansidão e a misericórdia, com vista ao aperfeiçoamento da vida pessoal e à melhoria do contributo para a transformação da realidade.
As 15 conferências vão aprofundar algumas das especificidades da consagração religiosa, como é o caso do convívio comunitário, a oração contemplativa e o apoio a crianças, jovens, doentes, idosos e excluídos. A pertinência das bem-aventuranças será sublinhada através de intervenções sobre a justiça, a compaixão e a paz, entre outros aspectos.
A vida dos consagrados vai também ser lida à luz da encíclica “Caritas in veritate”, de Bento XVI: “Gostaríamos que a última encíclica do Papa fosse um pouco mais conhecida e explorada nas suas diferentes vertentes”, explicou a religiosa.
Antes de serem testemunhas da alegria proporcionada pelo seguimento de Jesus Cristo, os consagrados precisam de a experimentar quotidianamente: “Sonhamos com uma Igreja mais aberta à esperança e radicada na profundidade de vida espiritual que os religiosos e religiosas devem ter”, referiu a Ir. Maria Manuela Oliveira.
A entrega total de vida – manifestada na oração, convivência fraterna e serviço à sociedade – prefigura a comunhão plena com Deus, prometida para depois da existência terrena. A actividade diária e a meditação nas realidades que hão-de vir oferecem aos consagrados a oportunidade de serem porta-vozes de Deus na cultura contemporânea.
“Os profetas de antigamente anunciavam e denunciavam. Hoje, o religioso e a religiosa têm de assumir estas dimensões”, assinalou a Ir. Maria Manuela. E concluiu: “É difícil ser profeta mas temos de o ser”.
Programa
Dia 13
15h30
Abertura: momento artístico
15h45
Sinais de inquietação e de esperança à luz da Encíclica “Caridade na Verdade” (José Eduardo Franco)
17h00
Felizes os pobres que servem os pobres (Pe. João Guedes, capuchinho)
18h30
Eucaristia
Dia 14
9h15
Louvor matinal
10h00
Chorar com os que choram (Pe. João de Chaves Bairos, dehoniano)
11h30
Cordialidade e não-violência. Felizes os mansos… (D. António Couto, Bispo auxiliar de Braga)
15h30
Painel 1
A alegria de servir e amar. Crianças e jovens em risco (Ir. Rufina Ferreira, missionária claretiana)
Doentes e idosos (sem esquecer os nossos irmãos/ãs) (Ir. Maria da Glória Veloso, franciscana reparadora)
Pessoas com especial vulnerabilidade social (Ir. Júlia Bacelar, adoradora)
17h00
Plenário
18h30
Eucaristia
Dia 15
9h15
Louvor matinal
10h00
Justiça e gratuidade a favor dos oprimidos. Felizes os que têm fome e sede de justiça… (Pe. Manuel Abreu, verbita)
11h30
O amor fiel e compassivo de Deus. Felizes os misericordiosos. (Ir. Luísa Almendra, religiosa do Sagrado Coração de Maria)
15h30
Painel 2
Testemunhar a alegria na Vida Consagrada. A alegria de viver em comunhão fraterna (Ir. Selma Cristina Santos, Peq. Mis. da Imaculada)
A alegria de ser fermento no mundo (Laura de Jesus Fernandes, Instituto Secular Sagrada Família)
A alegria da “Vida Contemplativa” (Ir. Inês da Cruz e Ir. Inês da Santíssima Trindade, Concepcionistas de Santa Beatriz da Silva)
17h00
Plenário
18h30
Eucaristia
Dia 16
09h00
Eucaristia
10h00
Olhar a humanidade com o coração de Deus. Felizes os puros de coração… (Pe. Abílio Pina Ribeiro, claretiano)
11h30
Construir a paz a partir das diferenças. Felizes os promotores da paz… (Ir. Mafalda Moniz, dominicana do Rosário)
15h30
Manter viva a profecia evangélica. Felizes os perseguidos… (Pe. José Cristo Rey García Paredes, claretiano)
17h00
Alegria e esperança em tempos de incerteza (Pe. José Cristo Rey García Paredes, claretiano)
18h00
Encerramento: Hino da Semana