Norberto Correia tomou posse para o próximo triénio
Fátima, Santarém, 04 jan 2014 (Ecclesia) – O novo responsável do Corpo Nacional de Escutas, Norberto Correia, tomou posse hoje em Fátima e traçou como objetivo para os próximos três anos a melhoria da formação dada aos adultos que servem o movimento.
“O CNE fez uma revisão do sistema de formação de adultos e quer implementá-la agora, é o nosso grande desafio para os próximos três anos, se tivermos adultos conscientes, voluntários e que sejam um exemplo, poderemos ter uma sociedade melhor”, salientou o novo chefe nacional dos escuteiros católicos.
Em declarações prestadas à Agência ECCLESIA, Norberto Correia destacou ainda a importância de ajudar os jovens a “encontrarem valores que a sociedade nem sempre lhes confere e muitas vezes lhes nega”.
Tal como quando Baden Powell criou o movimento, em 1907, dar aos mais novos um espaço ou um ambiente que seja propício ao seu crescimento, enquanto homens e cidadãos, permanece como um ponto imutável na “identidade” escutista.
Na opinião do novo chefe nacional, sobretudo na conjuntura de crise que se abateu sobre Portugal, há sempre o perigo dos jovens perderem a esperança e cairem numa certa “desmotivação” no que diz respeito à sua participação cívica.
Por isso, o que o CNE tenta fazer é “dar-lhes, desde pequenos, perspetivas de cidadania, motivando-os a participarem nos seus pequenos grupos, percebendo qual é o seu lugar efetivo em cada comunidade, serem responsáveis pelo seu próprio crescimento e progresso pessoal”.
Por outro lado, como movimento de caráter católico, é essencial que o escutismo seja “porta de entrada” para os “jovens que querem entrar para a Igreja”, para aqueles que interiormente sintam que “entrando para a Igreja podem ser muito mais felizes”, conclui Norberto Correia.
O novo responsável nacional do CNE é originário da diocese de Aveiro, onde foi o fundador do agrupamento de escuteiros da sua paróquia, Santa Joana, e também chefe regional.
Para o bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, Norberto Correia tem dado “um testemunho muito belo, muito valioso” daquilo que é o movimento escutista.
O prelado mostrou-se “muito feliz pela escolha” do dirigente para liderar um projeto que tem feito muito por Portugal e pelas suas 20 dioceses.
“Este espirito de comunhão que vivemos aqui é uma razão para a Igreja em Portugal se sentir alegre pelos dirigentes que tem, pelos escuteiros que tem, pelo bem que este movimento faz”, salientou.
Na cerimónia de tomada de posse, no Santuário de Fátima, esteve também D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco e presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
Aquele responsável sublinhou que “a direção nacional que hoje assumiu a sua missão merece toda a confiança”, porque é composta por “gente de qualidade e que quer dar mais um salto de qualidade no escutismo para que sirva ainda melhor”.
HM/JCP