O VI Acampamento do Núcleo (AcaNuc) de Braga do Corpo Nacional de Escutas transformou uma mata da freguesia de Sobreposta numa mini-cidade, onde se movimentam mais de 600 escuteiros. O chefe do Núcleo espera que a sexta edição da iniciativa «marque o arranque de um novo ciclo do escutismo bracarense», que «necessita de uma expansão em termos de número de agrupamentos, mas, principalmente, de um aumento da qualidade da for- mação ministrada aos seus dirigentes». António Matos disse ao Diário do Minho que, «no início deste século, seria fundamental formar uma nova vaga de dirigentes de forma mais consistente». Porém, «deparamo- nos com uma crescente falta de disponibilidade por parte dos escuteiros», lamentou o responsável, que recordou que até o próprio AcaNuc viu diminuir o número de participantes. «Antes, a maioria das pessoas gozava férias em Agosto. Hoje, os escuteiros têm que se organizar em função do término das aulas e dos exames, e ainda condicionados pela sua actividade profissional», lembrou António Matos, que, apesar disso, se mostrou bastante satisfeito com a participação no VI AcaNuc. «O Núcleo de Braga conta com 2.200 escuteiros e em Sobreposta encontram-se acampados 600 elementos, o que é muito bom», disse. O responsável abordou também a expansão do CNE e referiu que esta «depende em parte do apoio dos párocos, os motores das comunidades paroquiais». Os cerca de 30 agrupamentos que participam desde ontem no VI AcaNuc montaram a infra-estrutura de forma rápida e eficaz. A mata, constituída essencialmente por eucaliptos e carvalhos, foi cedida por particulares e pela Fábrica da Igreja de Sobreposta, e foi alvo de uma limpeza profunda encetada por uma centena de lobitos, duas centenas de exploradores, pioneiros, caminheiros e chefes que completam o “contingente”. O VI AcaNuc arrancou ontem, às 21h30, e termina domingo, às 11h00, com a celebração eucarística, presidida pelo cónego António Macedo, assistente do Núcleo bracarense. Hoje e amanhã realiza-se, às 21h30, o Fogo do Conselho. O tema do Acampamento “Orienta o teu olhar” marca o imaginário próprio das actividades previstas para cada uma das secções. Para conhecerem o ciclo da água, os lobitos participam em acções que se reportam ao imaginário da “Gota de Água”, e os exploradores, que pretendem conhecer os “Bracaros”, têm à sua disposição quatro subcampos com os nomes dos castros onde estes viveram: Sabroso, Briteiros, Falperra e Maximo. “Juntos cruzamos o espaço” é o título do empreendimento dos pioneiros, que querem “viajar” pela história de Fernão Capelo Gaivota. “Orienta o teu olhar para Cristo – Homem Novo” é o tema do imaginário dos caminheiros, que, no sábado, prosseguem a sua actividade no castelo da Póvoa de Lanhoso.