Escola católica é baluarte da cultura cristã

Em muitos países da Europa estes estabelecimentos de ensino são o único espaço onde o cristianismo chega às crianças e encarregados de educação

A escola católica, designação que abrange estabelecimentos de ensino do 1.º ao 12.º ano, continua a ser um reduto do cristianismo na Europa, numa época em que as comunidades eclesiais tradicionais perdem fiéis.

“Em países muito secularizados, sobretudo nórdicos, estas instituições são o único lugar onde as crianças são confrontadas com o Evangelho”, afirmou à Agência ECCLESIA o secretário-geral do Comité Europeu para o Ensinamento Católico (CEEC), Etienne Verhach.

No entender do responsável belga, a escola católica também estende a sua influência aos encarregados de educação, proporcionando-lhes uma ponte com a cultura cristã através das iniciativas organizadas pelos docentes e associações de pais.

Além dos conteúdos transmitidos nas aulas, Etienne Verhach sublinha a importância de as crianças viverem numa comunidade educativa “com alguns professores que são o exemplo vivido do Evangelho”.

“As Igrejas institucionais não podem esquecer esta realidade: enquanto a paróquia se esvazia, continua a haver sete milhões e meio de alunos do ensino básico e secundário em escolas católicas na Europa”, assinala o secretário-geral.

Etienne Verhach foi um dos oradores da sessão de encerramento do Seminário de Escolas Católicas que decorreu de 1 a 3 de Setembro no Colégio São João de Brito, em Lisboa, com sessões paralelas nos dias 1 e 2 no Colégio da Rainha Santa Isabel, em Coimbra.

A iniciativa, que reuniu cerca de 450 inscritos, foi dedicada ao tema “Competências Pedagógicas e Pastorais dos Educadores da Escola Católica”.

O secretário-geral da CEEC, que esteve presente nos dois seminários de formação para docentes e responsáveis de escolas católicas realizados no país – o primeiro ocorreu em 2009 – considera que em Portugal tem havido “progressos claros” nesta área.

A nível europeu, as mais de 30 mil escolas de 27 países que integram o Comité para o Ensinamento Católico também optaram por dar prioridade à formação: “Se queremos que a escola católica continue a ser evangelizadora, os directores devem ser responsáveis perante os seus bispos por essa missão, pelo que é preciso dar-lhes uma formação específica”, frisa Etienne Verhack.~

Foto: Colégio Rainha Santa Isabel, Coimbra

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