Ensino: Escolas católicas asseguram poupança

Etienne Verhack, secretário-geral do Comité Europeu para o Ensino Católico, convida governos europeus a reconhecer

Lisboa, 08 Fev (Ecclesia) – O secretário-geral do Comité Europeu para o Ensino Católico (CEEC), Etienne Verhack, afirmou que a aposta em parcerias do Estado com as escolas católicas é sinónimo de qualidade e de “poupança”.

“Nenhum governo deve temer que a escola católica seja mais dispendiosa do que a escola pública. A realidade é que um subsídio a escolas católicas é sinónimo de poupança”, assinala o especialista, num texto hoje publicado pelo semanário Agência ECCLESIA.

Verhack considera que “num momento em que a Europa está em crise, e não só a Europa, os governos têm de testemunhar lucidez”. 

Este responsável sublinha que “o ensino no mundo livre ocidental é baseado numa sã colaboração entre a iniciativa pública e a iniciativa semi-pública ou, em certos casos, a iniciativa puramente privada”.

“A afirmação de liberdades fundamentais só tem sentido quando os governos oferecem igualmente os meios necessários para organizar essas liberdades aos pais”, indica.

Segundo o CEEC, com sede em Bruxelas, Bélgica, a rede católica “semi-pública (liberdade pedagógica, salários pagos pelo Estado e subsídios num quadro de entendimento)” conta com 25 698 estabelecimentos escolares primários e secundários na União Europeia, sem contar com o pré-escolar, os quais acolhem cerca de 7,63 milhões de alunos.

“Em quase todos os países da União Europeia, tanto ocidentais como ex-comunistas, os governos exprimiram o seu apreço pelos direitos internacionais de liberdade, mas também pela qualidade do contributo das escolas católicas para a sua sociedade, assegurando o pagamento de salários, incluindo o dos professores de religião”, escreve Etienne Verhack.

Para o secretário-geral do CEEC, “uma escola católica quer ser um lugar de educação integral da pessoa humana” e “não se contenta apenas em formar a inteligência ou em preparar jovens unicamente para serem empregáveis nas empresas”.

“Uma das chaves da pedagogia das escolas católicas, segundo inquéritos realizados, por exemplo, nos Estados Unidos da América, é que a comunidade educativa é ali fortemente valorizada”, assinala.

Etienne Verhack declara que um “projecto claro de humanismo evangélico, conjugado com uma preocupação de excelência com cada criança” faz com que a “qualidade das relações pedagógicas” fique a ganhar.

Em Portugal, a relação entre Governo e sector privado, na educação, tem estado em destaque por causa do novo quadro legislativo que, desde finais de 2010, regula o apoio do Estado aos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo, permitindo a alteração das regras de financiamento e a renegociação dos contratos celebrados entre o Ministério da Educação e diversas escolas deste sector.

 

OC

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