Lisboa, 21 set 2011 (Ecclesia) – A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) vai dar prioridade a dinâmicas que ajudem os mais novos a estarem atentos ao próximo, num novo ano letivo marcado pela crise social e económica.
“Estamos a viver numa sociedade descartável, distante, onde o próprio adolescente perdeu o relacionamento com o outro, está muito ligado à Playstation ou à televisão e acaba por perder aqueles valores que são importantes de resgatar, que estão lá só que um pouco adormecidos”, sustenta a professora Rita Gil, em declarações ao Programa ECCLESIA desta segunda-feira, na RTP2.
A docente destaca a importância de se privilegiar a “questão da família”, dando como exemplo a realidade que encontrou no Agrupamento de Escolas da Boa Água, em Setúbal.
[[v,d,2457,]]“Está situada na Quinta do Conde, basicamente um dormitório, onde os país trabalham em Lisboa e muitos dos alunos estão em auto-gestão”, lamenta.
No meio da pressão de “cumprir o programa” que muitas vezes rege o meio educativo, Rita Gil defende que os professores de EMRC devem saber “criar tempo para o aluno, para abordar questões que o deixam mais atribulado”.
“Temos de ser um exemplo, é aí que os nossos alunos vão beber, vão conseguir explorar a sua própria pessoa, construir o seu próprio projeto de vida”, sublinha.
Para o coordenador do departamento de EMRC no Secretariado Nacional de Educação Cristã, trata-se de um esforço não se confunde com “catequese” mas que partilha do mesmo caráter de “anúncio” da Palavra de Deus.
“Aquilo que nós propomos aos alunos vai ao encontro do que é necessário para promover a sua felicidade e dignidade como pessoas”, explica Dimas Pedrinho, para quem “a EMRC não tem de prescindir da sua identidade católica”.
PTE/JCP