Obra do artista do Porto incluiu várias incursões pela arte sacra. Funeral vai ser ser presidido por bispo auxiliar dessa diocese
Lisboa, 21 set 2011 (Ecclesia) – O pintor Júlio Resende morreu hoje em sua casa, no Lugar do Desenho, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos de idade.
O Secretariado Nacional Bens Culturais da Igreja (SNBCI) assinala o óbito, na sua página na rede social Facebook, sublinhando que da “vasta e significativa obra” do “Mestre Júlio Resende” constam “diversas incursões na arte sacra, de que é exemplo o vitral do Bom Pastor (1987), do Santuário de Fátima”.
O pintor, nascido no Porto, em 23 de outubro de 1917, colaborou ainda, como decorador, na igreja da Senhora da Boavista, da diocese portuense, inaugurada em 1981.
O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, exprimiu o seu “profundo pesar” pelo falecimento.
“Júlio Resende era uma personalidade de inquestionável valor artístico, ético e humano. Representou Portugal no mundo inteiro partilhando com os outros o valor das suas obras em todas as principais Bienais de Artes Plásticas”, afirma, em comunicado enviado à agência Lusa.
O presidente da República enviou uma mensagem de condolências à família do pintor Júlio Resende, “grande mestre da arte portuguesa do último século”.
“A sua obra está espalhada pelas principais colecções de arte nacionais e internacionais, mas está também presente no quotidiano dos portugueses através de importantes obras de arte pública, de que é exemplo o painel de azulejos ‘Ribeira Negra’, no Porto, ou a estação do metropolitano do Jardim Zoológico, em Lisboa”, indica Aníbal Cavaco Silva.
Resende foi distinguido com vários prémios, em Portugal e no estrangeiro, tendo recebido em 1997 a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O funeral realiza-se esta quinta-feira, na igreja paroquial de Valbom, às 16h00, sob a presidência de D. João Lavrador, bispo auxiliar do Porto.
OC