EMRC: Ano letivo começa com atrasos nas colocações de professores

Disciplina, com novo programa, «ensina a ser pessoa», assinala coordenador nacional

Lisboa, 01 out 2014 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) explicou à Agência ECCLESIA que o ano letivo, marcado por um novo programa, está a ficar marcado por atrasos nas colocações de professores.

“Por motivos legais, este ano, os professores de Educação Moral e Religiosa Católica sujeitaram-se aos procedimentos de concurso comuns. É do conhecimento geral que o concurso está com alguns desafios por ultrapassar, onde se encontram muitos professores de EMRC”, começa por contextualizar Fernando Moita.

O coordenador do Departamento de EMRC no Secretariado Nacional de Educação Cristã recorda que até ao presente ano letivo a colocação destes professores contratados era da responsabilidade dos secretariados diocesanos.

À Agência ECCLESIA, o responsável adianta que “funcionalmente e tecnicamente”, depois de duas semanas do início das aulas, não conhece “nenhuma comunidade educativa com a colocação de todos os professores”, o que se revela um “desafio muito grande”.

“[Os professores] este ano sujeitaram-se às regras comuns e os secretariados diocesanos agilizaram todo o processo atempadamente, não era previsível este ‘status’ do concurso e estão muitos por colocar”, reafirma o responsável que acrescenta que têm informações de dioceses onde “até 40% ainda não estão colocados, declarados na plataforma do Ministério da Educação (ME)”.

O facto de os professores concorrerem através do concurso pública origina que tenham de mudar de diocese.

“Como somos comunidade crente temos de integrar e acolher estes professores deslocados, é um desafio colocado aos secretariados”, acrescentou Fernando Moita.

Neste novo ano letivo, os professores da disciplina de EMRC têm também novidade com um novo programa a nível da “metodologia e dos conteúdos”, que abrange desde o primeiro ciclo até ao ensino secundário.

As grandes temáticas da humanidade, religiosas e da moralidade continuam presentes apenas “houve ajustamento de conteúdos e metodologia nos diferentes ciclos”.

“A Comissão Episcopal da Educação e Doutrina da Fé aprovou uma reorganização dos conteúdos programáticos, nomeadamente as metas educativas e curriculares. Este é o desafio que os professores vão enfrentar, adaptarem e reorganizarem a lecionação com base neste recurso”, destaca o coordenador de EMRC que revela que “em maio” vão apresentar “os novos manuais”.

Fernando Moita assinala que aos professores é pedido que tenham “sempre em vista algo a alcançar” e que as metas apresentadas são “muito abrangentes” e indicam um percurso ao docente.

Segundo o coordenador de EMRC, esta disciplina “pretende ser e tem sido” um contributo para que a criança e o jovem aprenda a ser mais pessoa e contextualiza com palavra do Papa dirigidas aos professores, em maio, sobre a escola.

“A disciplina de EMRC tenta e procura colaborar para que as três línguas – mente, coração e mãos – aconteçam, que os alunos saiam da escola mais plenos, a saber pensar, agir e sobretudo a serem agentes transformadores da sociedade”, concluiu.

A Igreja Católica promove até domingo a Semana Nacional da Educação Cristã, com o tema ‘Educar na Alegria da Fé'.

PR/CB/OC

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