«Crescimento da fé» está associado ao desenvolvimento intelectual, cultural e físico, diz diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã
Fátima, Santarém, 11 fev 2012 (Ecclesia) – As escolas católicas portuguesas precisam de orientações comuns de ação e de ultrapassar o isolamento com que trabalham, considera Óscar Alonso, da Federação Espanhola de Religiosos do Ensino.
O responsável interveio esta sexta-feira em Fátima no encontro formativo ‘Projetos e práticas pastorais em escola católica’ para, segundo declarações à ECCLESIA, “dar critérios comuns” para todas as instituições de ensino administradas pela Igreja.
“Pelo menos pensemos de maneira igual”, afirmou Óscar Alonso, que elogiou o trabalho das escolas católicas mas lamentou que a sua ação seja desenvolvida sem relação com as outras.
A iniciativa foi organizada pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã, em parceria com o mesmo setor do Patriarcado de Lisboa, estruturas dirigidas pelo diácono Acácio Lopes.
O docente justificou o tema do encontro com o facto de o testemunho e anúncio da mensagem cristã “não dever ser apenas um setor das escolas, ao mesmo tempo que ensinam as disciplinas curriculares”.
O projeto da escola católica é de “crescimento da fé”, o que acontece também “na medida em que os alunos “se desenvolvem intelectual, cultural e fisicamente”, acrescentou.
O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas, padre Querubim Silva, assinalou que o sistema educativo português “não favorece muito a identidade da escola católica”.
Em tempo de crise financeira “mais urgente se torna irmos ao fundo da matriz dos valores que devem enformar o projeto da escola católica porque muita da crise resulta da falta de valores”, referiu.
O padre Querubim Silva destacou a necessidade de “desencadear sensibilidade nas escolas católicas às situações de dificuldade, fazendo brotar a solidariedade, que tem o nome cristão de caridade”.
PTE/RJM