Educação: EMRC por um mundo mais «sustentável»

Porto, 28 mai 2014 (Ecclesia) – Os alunos da OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvares (INS), do Colégio de Santo Tirso dos Jesuítas, promoveram esta terça-feira uma ação pública centrada nas áreas do ambiente, da alimentação, da saúde, da educação e do trabalho.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, a professora Denise Lima, uma das organizadoras do evento, explica que dezenas de jovens, do 10.º ao 12.º ano, procuraram interpelar e sensibilizar as pessoas para a importância que aquelas temáticas assumem no contexto de uma sociedade que se quer “cada vez mais virada para o desenvolvimento”.

A iniciativa nasceu do projeto “GPS Move-te pela Mudança”, desenvolvido este ano pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Conferência Episcopal Portuguesa, em parceria com o Secretariado Diocesano do Ensino Religioso de Lisboa, a Fundação Gonçalo da Silveira e a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.

O principal objetivo, avança Patrícia Fonseca da FEC, é incentivar os mais novos, através da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), a serem uma força “transformadora” da sociedade.

A partir da abordagem de “cinco temas estruturantes”, o ambiente, a alimentação, a saúde, a educação e o trabalho, os alunos tiveram neste ano letivo a oportunidade de refletir sobre “como é que essas dimensões são vividas em Portugal, no resto da Europa e no outro lado do mundo.

Um trabalho que despertou por exemplo os jovens para as “discrepâncias” que subsistem entre os países menos desenvolvidos, “onde há pessoas que não têm o que comer” e os países mais desenvolvidos, “onde há pessoas que sofrem de obesidade”.

“A ideia é pôr estas questões em paralelo, fazer realçar estas disparidades e despertar nos mais novos o sentido de que a sua vida seja também um processo de transformação da sociedade”, complementa. 

Um pouco por todo o país, foram vários os estabelecimentos de ensino que já corresponderam a este desafio, como a Escola Secundária Pedro Alexandrino, em Loures, e a Escola Secundária de Peniche.

Foram também muitos os professores de EMRC que participaram em formações relacionadas com o projeto e programaram ações a partir dos materiais pedagógicos fornecidos.

No caso da Escola Profissional do Instituto Nun’Alvares, em Santo Tirso, a ação teve lugar no centro da cidade e foi dividida em cinco blocos, em linha com as cinco temáticas em causa.

Segundo a professora Denise Lima, do Departamento de Educação Religiosa / Formação Integral do INS, enquanto um grupo de alunos chamava a atenção das pessoas para a importância de “não deitarem lixo para o chão”, outros estavam no café a “oferecer fruta” em alternativa aos doces.

No parque dois alunos praticavam desporto e outros colegas estavam sentados num banco do jardim a ler um livro, “uma obra que estão a dar na disciplina de português”.

Finalmente, em frente à câmara municipal, os estudantes punham mãos à obra para “limparem os vidros” do edifício camarário.

No fim, os vários grupos convergiram para o centro da cidade onde realizaram um “flashmob” acompanhado com música e mensagens dirigidas às pessoas.

Para Isabel, aluna de Comunicação e Marketing do INS, o projeto “Move-te” é essencial para dar às novas gerações o impulso necessário para cumprirem o seu papel na sociedade, de zelarem pelo bem-comum e pelo desenvolvimento sustentável.

“A formação que nos dão dá-nos para termos uma responsabilidade positiva e maior em relação a essas coisas, para transmitirmos a colegas, a amigos, quanto mais pessoas formarmos a este nível mais a palavra poderemos passar”, sustenta.

JCP

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