Educação: Director-geral do colégio da diocese do Algarve comenta cortes no financiamento público

Faro, 03 Fev (Ecclesia) – O director-geral do Colégio de Nossa Senhora do Alto, da diocese do Algarve, comentou os cortes no financiamento público aos estabelecimentos educativos do sector particular e cooperativo, considerando que se está na presença de “grandes equívocos”.

Em declarações à «Folha do Domingo», o padre Carlos César Chantre refere que “não há uma escola pública e uma escola privada”, mas “um serviço público de educação que pode ser prestado pelo Estado como pode ser prestado por outras entidades do país”, à semelhança daquilo que acontece em inúmeros outros países da Europa.

Rejeitando uma estatização nacional do ensino e da educação, aquele responsável defende que “o serviço público, desempenhado pelas escolas chamadas privadas, deve ser acarinhado por todos e particularmente pelo Estado”.

“O Estado não pode continuar a ser tutelar em relação a todos os cidadãos. O Estado está ao serviço dos cidadãos e não os cidadãos ao serviço do Estado”, defende o padre César Chantre, lembrando que “a Igreja são os cidadãos de Portugal” e que a mesma “não precisa de lições do Estado para compreender o que é o serviço público porque antes do Estado existir, já a Igreja prestava serviço público”.

“Se há alguém que tem que aprender é o Estado com a Igreja e não o contrário”, complementa.

O Ministério da Educação publicou a 29 de Dezembro de 2010 uma portaria que define o apoio financeiro a conceder, no âmbito de contratos de associação aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, prevendo um subsídio anual, por turma, de 80 080 euros, o que consubstancia um corte nos montantes atribuídos em anos anteriores.

FD/OC

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