Ecumenismo: XIII Encontro Cristão quer contribuir para a «sinodalidade» e «reconciliação»

Lisboa, 28 jan 2023 (Ecclesia) – O XIII Encontro Cristão, marcado para este sábado, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, quer criar pontes, “na diversidade dos carismas”, procurando entre cristãos caminhar na sinodalidade.

“Queremos sedimentar a ideia de que a missão de promover a Boa Nova no mundo só terá consistência se for uma realidade experimentada pelos cristãos! Sem esta premissa basilar, o anúncio do Evangelho enferma de uma incoerência que lhe retira credibilidade e dificulta/impossibilita a sua aceitação. Aliás esta convicção está bem patente no número 48 do documento sinodal para a etapa continental, onde se diz que «não há sinodalidade completa sem unidade entre os cristãos»”, pode ler-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

“Urge criar pontes para que, na diversidade dos nossos carismas, sejamos capazes de assumir a diferença como riqueza acrescida, ferramentas que nos aproximem do nosso FOCO – Jesus Cristo, onde a pluralidade incremente a possibilidade de alcançar a Graça”, acrescenta ainda a nota.

O encontro, que acontece desde 2010, segue nesta edição a palavra “reconciliação”, e apresenta um programa que a organização entende der “mais participativa” e possibilitando uma reflexão “mais profunda e pessoal”.

“Neste modelo mais participativo, para além das lideranças de cada comunidade cristã, paróquia ou Igreja convidamos de um a cinco elementos dessas comunidades que sintam esta urgência da unidade como raiz fundamental para a evangelização”, sugere o convite.

Com início às 16h, no Centro Cultural Olga Cadaval, o encontro tem início com um momento de reflexão onde irão participar o bispo Jorge Pina Cabral, da Igreja Lusitana, o Pastor João Martins, da Aliança Evangélica Portuguesa e o padre Vasco Pinto Magalhães, jesuíta da Igreja católica.

O programa compreende ainda um jantar comunitário, onde vai ser privilegiado o diálogo entre diferentes Igrejas, e um momento de partilha e oração, no término da noite, com a presença de D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.

A organização manifesta ainda a preocupação com o facto de os “valores cristãos, que estiveram na génese da construção da Europa”, estarem a perder a relevância no projeto europeu, acreditando ser necessário os cristãos assumirem a responsabilidade da sua fé, numa conversa “humilde, franca e aberta” sobre a construção social.

“É urgente abordar esta questão que nos toca a todos. Como cristãos das mais diversas tradições, temos o dever e a responsabilidade de nos voltarmos novamente para Deus e avaliar, de acordo com os seus critérios, o que está a acontecer, numa avaliação quer a nível pessoal, quer como comunidades de fé. Urge, não só como líderes das nossas comunidades, mas sobretudo como servos do Senhor, aproximarmo-nos para uma conversa humilde, franca e aberta sobre a forma como vemos a sociedade na qual vivemos e a sociedade que queremos legar às gerações futuras. Baseados então nos nossos relacionamentos fraternos poderemos discernir em que campos e como podemos unir esforços, nesta sociedade pós-cristã”, manifestam.

LS

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