Ecumenismo: Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas une-se a católicos, luteranos e metodistas em declaração comum

Cidade do Vaticano, 03 jul 2017 (Ecclesia) – A Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas (CMIR) vai aderir esta quarta-feira, na Alemanha, à declaração conjunta sobre a doutrina da justificação assinada já por católicos, luteranos e metodistas.

A cerimónia conta com a presença do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé), D. Brian Farrell, adianta o Vaticano.

“Este acontecimento será uma nova pedra milenar no caminho para a unidade visível dos cristãos: não uma meta, ainda, mas uma fase significativa da viagem comum”, refere uma nota do referido dicastério da Cúria Romana.

Este é um tema que gerou longa polémica, com vários séculos relativamente à “salvação”, conceito fundamental da fé cristã.

No século XVI, a interpretação e aplicação antagónicas da mensagem bíblica da justificação constituíram uma das causas principais da divisão da Igreja no Ocidente.

O magistério da Igreja Católica, confirmado no Concílio de Trento, coloca duas condições à salvação humana: a graça divina e as boas obras; Lutero ensinava que só a graça divina era necessária, doutrina consagrada na expressão sola fides (só a fé).

Em 1999 foi assinada a Declaração conjunta católico-luterana sobre a Doutrina da Justificação, na qual se afirma que “somente por graça, na fé na obra salvífica de Cristo, e não por causa de nosso mérito, somos aceites por Deus e recebemos o Espírito Santo, que nos renova os corações e nos capacita e chama para boas obras".

A declaração foi subscrita, em 2006, pela Conferência Mundial Metodista.

A CMIR reúne mais de 200 denominações de cerca de uma centena de países, com mais de 80 milhões de membros.

OC

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