Direitos Humanos: Vaticano condena discriminação de minorias étnicas e religiosas

Intervenção no Conselho da ONU pede fim da «indiferença» face a estes problemas

Genebra, Suíça, 14 mar 2012 (Ecclesia) – A Santa Sé manifestou-se hoje contra a discriminação de minorias étnicas e religiosas, que considera levaram a “manipulações” e “abusos” contra as populações.

“A consciência dos seus próprios direitos cresceu enormemente entre as pessoas que pertencem a minorias étnicas, religiosas e linguísticas, mas, ao mesmo tempo, as violações desses direitos não cessaram”, indicou o arcebispo Silvano Tomasi, representante do Vaticano no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça.

Segundo o prelado italiano, estes problemas devem-se “à indiferença ou à vontade política de marginalizar ou suprimir, mesmo eliminar, comunidades com uma identidade linguística ou religiosa diferente”.

O observador permanente da Santa Sé assinalou o 20.º aniversário da adoção da declaração das Nações Unidades sobre as pessoas que pertencem a minorias nacionais ou étnicas, religiosas ou linguísticas”, pedindo um “olhar mais crítico” sobre a situação dessas minorias no mundo.

D. Silvano Tomasi defendeu uma “participação justa” de todos os que são abrangidos pelo governo do Estado: “Todas as pessoas com direito a cidadania no seu território têm o direito à inclusão”.

Esta atitude, prosseguiu, leva à “coexistência pacífica, desenvolvimento social e prevenção de conflitos”.

O responsável apelou ao fim de classificações como “maioria” ou “minoria” num espírito de “tolerância e respeito mútuo” em linha com as “mudanças políticas, sociais e culturais em curso nalgumas regiões do mundo”.

OC

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