Direitos Humanos: Fundação AIS levou tema da perseguição aos cristãos na Nigéria e Paquistão a cimeira em Washington

aisaisLisboa, 12 Jul 2022 (Ecclesia) – O bispo de Ondo, Nigéria, denunciou a violência contra os cristãos no seu país, falando na Cimeira sobre Liberdade Religiosa que decorreu, entre 28 e 30 de junho, na cidade de Washington, EUA.

D. Jude Arogundade evocou o “brutal ataque” à igreja de São Francisco de Xavier que ocorreu a 5 de junho naquele país africano, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA pela seção portuguesa da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

O ato de violência, “que custou a vida a cerca de cinco dezenas de pessoas”, é visto como um exemplo da ameaça que “paira sobre a comunidade cristã naquele país, e um pouco por todo o continente africano, onde grupos jihadistas estão a crescer de influência de ano para ano”, lê-se na nota.

A Fundação AIS esteve envolvida na organização da cimeira e patrocinou a participação do bispo nigeriano e de um dirigente da comunidade cristã paquistanesa.

“Ambos procuraram mostrar como os cristãos vivem ameaçados nos seus países e como é urgente a mobilização do mundo em socorro das minorias religiosas”, indica a organização.

Shahid Mobeen, académico paquistanês e professor na Universidade Pontifícia Urbaniana, em Roma, quis mostrar “as consequências do extremismo no seu país e, para isso, levou ao encontro em Washington a questão das Leis da Blasfémia”.

“Este é um tema dramático, pois está associado também ao rapto e conversão forçada de jovens raparigas pertencentes às minorias religiosas”, apontou.

O professor Mobeen lembrou o caso de Asia Bibi, uma mulher paquistanesa, mãe de cinco filhos, condenada à morte por ter bebido um copo de água de um poço, e que conseguiu escapar à forca graças a uma campanha internacional que juntou inúmeras organizações de defesa dos Direitos Humanos, entre elas a AIS.

A Cimeira Internacional da Liberdade Religiosa foi apresentada como uma “excelente plataforma” para a divulgação destes casos de perseguição.

“Isto faz parte da nossa missão, que levamos muito a sério”, disse o presidente-executivo internacional da Fundação AIS, Thomas Heine-Geldern.

LFS/OC

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