Direitos Humanos: Fundação AIS lembra os cristãos vítimas da perseguição religiosa (c/vídeo)

Organização católica evoca situação dos «presos de consciência»

Foto: Diário do Minho

Lisboa, 25 nov 2020 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) quer alertar a população para questão da perseguição religiosa, organizando diversas iniciativas durante o mês de novembro, nomeadamente “iluminando de vermelho monumentos simbólicos”.

Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da AIS, assinala que a pandemia limitou a ação de sensibilização, este ano, da mesma forma que impediu também a concretização de iniciativas previstas para a comemoração dos 25 anos de presença da fundação pontifícia em Portugal.

Como a questão da perseguição religiosa afeta “milhões de pessoas em todo o mundo”, a Fundação AIS decidiu, em parceria com a Arquidiocese de Braga – que vai iluminar a Basílica dos Congregados de vermelho – “chamar a atenção da opinião pública para o drama, tantas vezes ignorado, da prisão injusta, em vários países, de homens e mulheres por serem cristãos”, acrescenta a responsável.

“Os cristãos detidos por causa da sua fé são vítimas da perseguição religiosa”, lê-se na nota enviada à Agência ECCLESIA.

Estes cristãos são “vítimas do terrorismo, de governos despóticos, de tiranos, de poderosos sem escrúpulos e até, tantas vezes, da inveja e má-fé de vizinhos ou colegas”, realça o texto.

Para a Fundação AIS, é preciso que a sociedade “não se esqueça destes presos de consciência”, por isso, esta iniciativa é denominada ‘Libertem os Prisioneiros’, disse Catarina Bettencourt.

Há nomes que ganharam notoriedade entre estas vítimas da intolerância religiosa e Asia Bibi é um exemplo.

“Condenada à morte por um crime que não cometeu, esta mulher simples e mãe de cinco filhos passou praticamente uma década da sua vida numa prisão minúscula no Paquistão à espera que a levassem para se cumprir a sentença iníqua”.

Isso não aconteceu apenas porque o mundo se mobilizou pela sua libertação e a Fundação AIS foi das organizações que mais se bateram pela vida de Asia Bibi.

“Não é fácil saber-se quantos cristãos estão presos no mundo vítimas de intolerância religiosa, de governos prepotentes ou de grupos terroristas, mas segundo um trabalho publicado pelo jornal ‘Christianity Today’ em janeiro deste ano, todos os meses, nos 50 países onde a perseguição religiosa é mais aguda, cerca de 300 cristãos são presos injustamente”, sublinha a nota.

Para a diretora da Fundação AIS em Portugal, “esquecer os cristãos perseguidos seria uma segunda condenação”.

“Por isso – diz Catarina Martins de Bettencout –, é imperativo ajudar a libertá-los”.

LFS

 

 

 

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