Direitos Humanos: Bispos da União Europeia defendem «recursos adequados» para enviado especial para a Liberdade Religiosa

COMECE envia carta a Ursula von der Leyen para sublinhar importância de defender populações perseguidas por causa da sua fé

Bruxelas, 04 jun 2021 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) enviou uma carta a Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, pedindo “recursos adequados” para a missão do enviado especial da UE para a Liberdade Religiosa.

“A sua nomeação dará voz aos indivíduos e comunidades sem voz, cuja liberdade de pensamento, consciência e religião são violadas, estando sujeitos à intolerância, discriminação e, nalguns casos, até perseguição”, refere a missiva, assinada pelo presidente da COMECE, cardeal Jean-Claude Hollerich.

O organismo episcopal saudou, no início de maio, a escolha do cipriota Christos Stylianidis como enviado especial para a Liberdade Religiosa da Comissão Europeia.

O cardeal Hollerich sublinha o trabalho realizado pelo mecanismo da UE desde a sua criação, em maio de 2016, “apesar do seu mandato e recursos limitados”, abordando situações “desafiadoras” em muitos países onde a liberdade de pensamento, consciência e religião é seriamente ameaçada ou violada.

O presidente da COMECE defende a necessidade de oferecer “recursos humanos e financeiros razoáveis e adequados que permitam ao enviado especial da UE cumprir a sua alta responsabilidade, com mais mandato e capacidades ambiciosas e definidas”.

Os episcopados católicos da União Europeia destacam o percurso de Stylianides, que abriu um “novo espaço para a cooperação com Igrejas e Organizações Religiosas em atividades humanitárias, bem como para o diálogo inter-religioso, levando a uma melhor proteção dos direitos humanos e compreensão mútua em situações de conflito”.

O cargo de enviado especial para a Promoção e Proteção da Liberdade de Religião ou Crença fora da UE encontrava-se vago desde 2019.

OC

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